postado em 20/04/2010 07:54
Na primeira coletiva de imprensa após tomar posse como governador, Rogério Rosso (PMDB) disse que pretende fazer um governo de coalização e que ;toda contribuição será bem vinda nesse momento;, referindo-se ao apoio político de outras legendas, como o PT. Questionado se irá repartir os cargos do Executivo com os deputados distritais que votaram nele, Rosso destacou que o secretariado terá perfil técnico e que já tem alguns nomes na cabeça, apesar de não ter adiantado quais. A vice-governadora, Ivelise Longhi (PMDB), deverá assumir alguma posição executiva no GDF.A máquina administrativa deverá ser enxugada. Desde o último domingo, Rosso está fazendo reuniões com pessoas de confiança e técnicos do GDF. Exonerações e mudanças em diretorias estão sendo analisadas. Segundo ele, a busca pela ;normalidade institucional; pode afastar o fantasma da intervenção federal. ;Queremos entregar o governo com equilíbrio fiscal e com as obras importantes terminadas;, afirmou. Rosso planeja visitar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para apresentar suas propostas. Órgãos do Executivo federal e entidades também estão na lista de visitas.
O governador afirmou ainda que dará continuidade a obras iniciadas na gestão José Roberto Arruda (sem partido), desde que não haja problemas legais com os contratos firmados. ;As obras que vão ser priorizadas têm que ter a premissa de serem regulares, estarem dentro do padrão técnico e o governo ter disponibilidade financeira. Não vou permitir dispensa de licitações e contratos emergenciais;, prometeu.
As Vilas Olímpicas ; complexos esportivos criados na era Arruda ; terão continuidade. Já o Buritinga deve ser desativado. As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e do Veículo Leve sobre Pneus (VLP) são consideradas ;fundamentais; pelo governador, mas os contratos serão analisados detalhadamente. ;O objetivo é deixar para o próximo governo dívida zero;, disse. Segundo Rosso, as áreas de saúde, segurança e educação são prioridades.
Helicóptero
O dia começou cedo para o novo governador do DF. Eram apenas 5h30 e Rogério Rosso já estava pronto, vestido com um terno recém-comprado em uma boutique chique do Lago Sul, para conceder uma entrevista a uma emissora de TV. Ele saiu de casa sem tomar café da manhã e praticamente não dormiu de domingo para ontem. Foram menos de duas horas de sono. O motivo: conversou até 3h com representantes da Brasiliatur em busca de medidas alternativas para manter de pé a festa do cinquentenário de Brasília.
Voltou para a casa no Lago Sul, onde mora com a família, por volta das 7h30. Foi quando, acompanhado da mulher Karina, comeu um sanduíche de pão com queijo e tomou uma xícara de café com leite. Em seguida, arrematou com assessores os últimos detalhes do discurso que faria na posse. Rosso usou o helicóptero do governo em boa parte do dia. Após a posse, foi para o Buriti e de lá, para a Residência Oficial de Águas Claras, onde despachou com assessores. À noite, foi assistir a uma missa em Ceilândia.