Cidades

Funcionários da TCB invadem garagem e seis linhas de ônibus deixam de circular

postado em 22/04/2010 08:40
Cerca de 180 funcionários da Transporte Coletivo de Brasília (TCB) invadiram a garagem e a sala da presidência da empresa, próxima ao Palácio do Buriti, no Eixo Monumental, por volta das 4h desta quinta-feira (22/4). Com a ocupação, seis linhas de ônibus não estão rodando no centro de Brasília nesta manhã.

As linhas paralisadas são 108, 108.3, 108.4, 108.5, 108.6 e 108.7. Elas fazem a integração com o Metrô e seguem para pontos como o Shopping Pier 21, Rodoferroviária e Shopping Popular, Setor Militar Urbano e Setor de Indústras Gráficas (SIG). Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do GDF (Sindser), Evandro Machado, dos 800 servidores da empresa, há 400 em paralisação, entre motoristas, cobradores, funcionários da área administrativa e mecânicos que cuidam da manutenção dos carros. Ainda de acordo com ele, os 18 ônibus da TCB transportam, por dia, cerca de 17 mil pessoas.

Os servidores, em estado de assembleia permanente, reivindicam a negociação da data-base da categoria. Machado diz que a pauta foi enviada à TCB há dois meses. "Estamos a poucos dias do prazo e ainda não fomos chamados pelo governo para uma reunião", afirma ele. "Só sairemos daqui quando houver uma negociação e chegarmos a um acordo", completa.

Ainda segundo o presidente do Sindser, o documento enviado à empresa tem 16 itens. Entre as principais reivindicações, estão o reajuste de salário em 15% e aumento do tíquete alimentação de R$ 360 para R$ 630.

Os funcionários garantem que, se não houver negociações nesta quinta, a paralisação continuará nesta sexta-feira (23/4). Eles tentam conversar com a diretoria da empresa e com a Secretaria de Assuntos Sindicais do GDF. Em caso de falta de acordo, os servidores pretendem entrar em greve a partir do dia 1; de maio.

Sem representatividade legal
A falta de negociação sobre a data-base alegada pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do GDF (Sindser), deve-se à não-legitimidade do sindicato, de acordo com Jorge Koichi Saiki, presidente da Transporte Coletivo de Brasília (TCB).

Segundo Saiki, há no Fórum Trabalhista do DF uma ação, movida pelo próprio Sindser, para que seja reconhecida a legitimidade da categoria. Por este motivo, a pauta enviada pelo sindicato à TCB ainda não foi analisada.

O presidente afirma ainda que está em negociação, há cerca de um mês, com o Sindicato dos Rodoviários do DF, que "tem a representatividade legal" desses funcionários. "Estamos, inclusive, próximos ao fim das reuniões, chegando a um acordo", complementa.

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