O governador Rogério Rosso decidiu manter toda a cúpula da segurança pública. Em reunião na tarde de ontem, ele confirmou a permanência do diretor-geral da Polícia Civil do DF, delegado Pedro Cardoso, num dos cargos mais cobiçados na estrutura do governo. O secretário de Segurança, delegado João Rodrigues, e os comandantes do Corpo de Bombeiros, Antônio Gilberto Porto, e da Polícia Militar do DF, Coronel Ricardo da Fonseca Martins, também serão mantidos. ;Não haverá mudanças porque a equipe tem dado resultados;, disse o governador ao Correio.
Como a Polícia Civil do DF tem vários representantes no meio político, havia uma disputa pela indicação do chefe da instituição. O delegado Antônio Coelho, ex-titular da 2; Delegacia de Polícia, na Asa Norte, era cotado para o cargo. Mas ele não ficará fora da nova administração. "É um policial importante e será aproveitado em área da maior relevância no governo", disse Rosso. O governador se reuniu de manhã com o deputado distrital Alírio Neto (PPS) e com o deputado federal Alberto Fraga (DEM), ambos com base eleitoral no setor. Alírio disse ao Correio que não indicou o diretor da Polícia Civil e nem o secretário de Segurança.
Fraga apoiou a candidatura de Wilson Lima (PR) para o mandato-tampão e chegou a propor um acordo com o PT para evitar a vitória de Rosso. O problema do deputado do DEM não é o novo governador, mas uma disputa política com o presidente regional do PMDB, Tadeu Filippelli, um dos mentores da candidatura de Rosso. O governador disse ontem ao Correio que convidou Fraga a colaborar na área de transportes. "Essa parte do sistema viário é muito importante. O Fraga tem todo o conhecimento dessa área e vai nos ajudar", disse Rosso, sem antecipar se pretende indicar alguém da confiança dele para o cargo de secretário de Transportes e para o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). "Vou colaborar com o governo. Confio no Rosso. Ele é jovem e bem-intencionado", disse Fraga.
Tribunal de Contas
Outro assunto importante é a decisão sobre a indicação para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do DF. A vaga foi aberta na última quinta-feira com a aposentadoria compulsória do conselheiro Jorge Caetano, que completou 70 anos. Rosso não quis comentar o assunto. Mas é provável que a indicação parta da Câmara Legislativa. Há um entendimento político entre os distritais que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a origem da vaga ocupada por Anilcéia Machado, hoje presidente do TCDF, deve prevalecer. O ministro Luiz Fux considerou que a vaga pertence ao Ministério Público de Contas. Um recurso da Anilcéia está suspenso. Mas dois de cinco ministros mantiveram a decisão anterior.
Rosso afirma que elegeu entre suas prioridades a segurança e também a saúde. Na próxima semana, ele deverá fazer uma vistoria em hospitais. "Vou despachar lá para ver os problemas, conversar com as pessoas, entender as insatisfações", antecipou. Ele ainda não decidiu nomes para a Secretaria