postado em 27/04/2010 08:06
O deputado federal Laerte Bessa (PSC-DF) fez o segundo lançamento de seu mais novo livro Dossiê Bessa ; Investigação por trás das investigações (276 páginas, editora Qualidade) em menos de um mês. No dia 5, escolheu um restaurante chique de Brasília. Ontem, o relançamento da publicação ocorreu no auditório do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde está o seu reduto eleitoral.Além do apoio de aproximadamente 80 colegas de corporação, o ex-diretor da Polícia Civil contou com a presença de Pedro Rosalino Bráulio Pinto. Pedrinho, como ficou conhecido nacionalmente, foi raptado da maternidade de um hospital de Brasília, quando ainda era recém-nascido, e levado para Goiânia, onde viveu a adolescência. O crime acabou elucidado pela polícia do Distrito Federal na gestão de Bessa à frente da PCDF (1999-2006). O caso Pedrinho está entre os destaques do livro do parlamentar.
Mesmo compondo a bancada do auditório com Bessa e o escritor da publicação, Marcos linhares, Pedrinho afinou o discurso com o do pré-candidato a deputado federal Laerte Bessa. ;Foi uma coincidência. Eu vim aqui acompanhar um processo;, disse Pedrinho, hoje formado em direito e com posse da carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil-seção DF (OAB-DF). Porém, ele não disse em qual delegacia está o inquérito. ;É segredo. Não posso revelar;, acrescentou o rapaz, que não aparece muito em público desde que veio morar com os pais biológicos em Brasília, em 2003, depois de o caso dele ser elucidado pela Polícia Civil do DF.Pedido de apoio
Depois de esperar alguns minutos no protocolo do DPE, Pedrinho acabou chamado por Bessa, que já havia iniciado o discurso acerca do livro. ;É uma coincidência o Pedrinho (1) tá (sic) aqui. Ele não foi chamado;, garantiu. Hoje com 24 anos, Pedro falou pouco, por aproximadamente 10 minutos. Agradeceu o trabalho da Polícia Civil, na época dirigida por Bessa. Com o plenário parcialmente ocupado, Bessa não perdeu a oportunidade para reiterar o pedido de contar com o apoio da categoria. ;O momento político no DF é muito ruim. Espero contar com o apoio de vocês para ter coragem de representar a categoria na Câmara;, concluiu. Pela lei eleitoral, campanha só é permitida três meses antes da eleição.
1 - Caso famoso
Pedrinho foi sequestrado da maternidade do Hospital Santa Lúcia (Setor Hospitalar Sul) em 21 de janeiro de 1986. O caso começou a ser investigado pela então Delegacia de Homicídio ; hoje Coordenação de Investigação dos Crimes contra a Vida (Corvida) ; depois que a polícia recebeu uma carta de um homem que queria se simular um homicídio, em Brazlândia, para incriminar a mulher. Na correspondência, ele afirmava conhecer uma enfermeira chilena que tinha participado no sequestro do bebê levado do Santa Lúcia. A partir daí, abriu-se inquérito para apurar o Caso Pedrinho.