Cidades

Diretor-geral da Polícia Civil acredita em "erro grosseiro" ou "má-fé"

Guilherme Goulart
postado em 29/04/2010 17:33

O diretor-geral da Polícia Civil, Pedro Cardoso, confirmou, em entrevista coletiva concedida às 16h desta quinta-feira (29/4), que a chave encontrada na casa de Alex Peterson Soares, 23 anos, em novembro do ano passado, é a mesma fotografada na cena do crime, no apartamento dos Villela.

[SAIBAMAIS]Segundo Cardoso, a Corregedoria da Polícia Civil instaurou um processo administrativo para investigar o que houve. O órgão trabalha com duas hipóteses: erro grosseiro ou má-fé. "No primeiro caso, a polícia pode ter trocado as chaves, a retirada da casa de Alex e outra da casa das vítimas, após compará-las. Ou a chave pode ter sido colocada intencionalmente na casa dele", disse o diretor.

Nesta quinta-feira (29/4) a delegada-chefe, Martha Vargas, que estava à frente das investigações, foi exonerada do cargo. Segundo o diretor-geral, ela foi afastada "com a intenção de garantir a isenção da investigação e pode responder desde um processo administrativo até criminal".

O crime

No dia 28 de agosto de 2009, o apartamento 601/602 do Bloco C da 113 Sul foi invadido e o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, e a governanta da família, Francisca Nascimento da Silva, 58, foram atacados e receberam, ao todo, 61 golpes de faca. Uma terceira vítima perdeu a vida com 12 facadas no corredor principal: a advogada Maria Carvalho Mendes Villela, 69, mulher de José Guilherme.

Nos três primeiros meses decorrentes ao crime, as investigações ficaram por conta da 1; Delegacia de Polícia, na Asa Sul. A chave foi apresentada como prova do crime no dia 6 de novembro e foi usada para incriminar três suspeitos: Cláudio José de Azevedo Brandão, 38 anos, Alex Peterson Soares, 23, e Rami Jalau Kaloult, 28. Eles, no entanto, foram soltos por falta de provas.

Irregularidades identificadas pelo Ministério Público do DF (MPDF) fizeram com que o Tribunal de Justiça do DF determinasse a mudança de comando na apuração. O caso passou a ser conduzido sob responsabilidade da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) desde a primeira quinzena de dezembro.

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