Três testemunhas do processo contra a deputada Eurides Brito (PMDB) por quebra de decoro parlamentar foram ouvidas nesta sexta-feira (30/4), na Comissão de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A primeira a prestar depoimento foi a professora Marilene Caldas, seguida pelo servidor comissionado de Eurides Davi Oliveira Miranda e pelo professor Nilton Álves Ferreira. Todas são pessoas consideradas próximas à deputada.
Eurides indicou o depoimento de Marilena e Nilton. Já Davi foi escolhido pela relatora do processo, Érika Kokay (PT). A deputada distrital classificou os depoimentos como "confusos" e cheios de "contradições". Para Kokay, agora é preciso verificar esses desencontros nos depoimentos.
Um das principais contradições está nos depoimentos de Marilene e de Nilton. Eles disseram que a deputada Eurides compareceu a um jantar em 20 de maio de 2006, no mesmo horário, mas em locais diferentes. Segundo Nilton, o jantar foi em Planaltina. Para Marilene, em Ceilândia.
[SAIBAMAIS]Em sua defesa escrita à Comissão, Eurides Brito alegou que o dinheiro recebido do ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa ; e registrado nas imagens das gravações da Operação Caixa de Pandora ; era o pagamento feito pelo ex-senador Joaquim Roriz (PSC) de despesas com alimentação que a distrital teve durante reuniões políticas em 2006.
Nesta quinta-feira (29), Érika Kokay tomou o depoimento de Durval Barbosa para o processo. Apesar de não divulgar o teor do depoimento, ela o classificou como "rico" e disse que será fundamental para elucidar aspectos da defesa de Eurides Brito.
Na próxima segunda-feira (3/5), estão previstos mais três depoimentos: Célia Cristina e Elizângela Rocha ; que seriam as organizadoras dos eventos de Eurides ; e Vatanabio Brandão, coordenador da campanha de Joaquim Roriz ao Senado.