postado em 02/05/2010 08:10
Passadas exatas três semanas da descoberta dos corpos que seriam dos seis rapazes desaparecidos de Luziânia, município goiano a 66km de Brasília, a falta de confirmação sobre a identificação das ossadas encontradas mantém as famílias ansiosas. ;Ninguém diz nada. Pelo menos, não para nós;, afirma Lúcia Maria Souza Lopes, irmã de Márcio Luiz, último a desaparecer. ;Nada. Não recebemos nenhuma novidade;, reitera Cirlene Gomes de Jesus, mãe de George Rabelo dos Santos.Apenas uma identidade foi confirmada, mas não revelada pela Polícia Federal. A PF deixou o caso alegando discordar da superexposição do assassino confesso dos jovens, Ademar Jesus da Silva, por parte da Polícia Civil de Goiás. A postura adotada pelos federais, desde então, é o silêncio sobre novas informações. O resultado dos testes estão sob os cuidados do delegado Wesley Almeida, responsável por encaminhar os laudos à Polícia Civil de Goiás e ao Instituto Médico Legal de Luziânia. O IML nega ter sido notificado sobre os resultados obtidos até agora.
;O clima está horrível por aqui. É uma ansiedade imensa. Estamos só esperando a liberação para o enterro. Está tudo pronto;, diz Lúcia. A situação chegou a tal ponto para Sônia Vieira de Azevedo Lima, mãe de Paulo Victor, que ela decidiu sair da cidade no fim de semana. ;Enquanto tudo isso não passa, é melhor que ela descanse um pouco. A Sônia está esgotada;, contou a irmã Célia Vieira. As mães planejam organizar um ato público nesta semana para pedir mais rapidez na liberação dos laudos.