Cidades

Polícia ouve novas testemunhas do caso de menina com objetos pelo corpo

postado em 05/05/2010 08:31
Nildna Pereira dos Santos, 21 anos ; a jovem internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) desde fevereiro com diversos objetos metálicos inseridos misteriosamente no corpo ; já havia sido hospitalizada por um problema semelhante, pois teve alfinetes espetados nas pernas quando era mais nova. Quem confirma a informação é a delegada-chefe da 12; Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), que alega, no entanto, que esse fato integra o inquérito instaurado para apurar o caso e que a polícia só vai dar mais detalhes ao fim do processo de investigação.

Terça (4/5), o Instituto de Medicina Legal (IML) concluiu o laudo de exame de corpo de delito, mas o resultado foi pouco esclarecedor. O documento confirma que há objetos metálicos no interior do corpo da paciente, como as radiografias haviam apontado anteriormente. O laudo não revelou se a introdução das prováveis agulhas, clipes e grampos deu-se por meio cruel ou por tortura. Mesmo com a primeira avaliação do IML em mãos, as perguntas que devem ajudar a desvendar o caso que intriga todo o país continuam sem respostas. Ainda não se sabe, por exemplo, quem introduziu os objetos na garota ou mesmo quando o problema começou.

[SAIBAMAIS]Pela manhã, Nildna foi submetida a exames psicológicos no IML. Na próxima sexta-feira, ela passará por uma avaliação psiquiátrica. A polícia não descarta nenhuma hipótese, inclusive a de que Nildna tenha se ferido sozinha. Em nota enviada à impresa, a delegada Vera Lúcia da Silva explicou que ;Nildna apresenta desenvolvimento mental inapropriado para a idade e os locais onde foram introduzidos esses objetos são de acesso possível à própria pessoa;.

A delegada interrogou ontem novas testemunhas que acompanham a rotina de Nildna para definir qual será a linha de investigação. Antes disso, a mãe da jovem internada, Valdetina Pereira dos Santos, 47 anos, e outros familiares, além de especialistas na área de saúde e assistência social haviam sido ouvidos. ;A mãe se explicou e tem uma fala coerente; resumiu Vera Lúcia. Segundo o diretor do HRT, Joaquim Pereira, os pedaços de metal provavelmente não serão retirados do corpo da jovem, pois a extração poderia causar danos maiores. De acordo com o laudo, a presença dos corpos metálicos não causou, aparentemente, nenhum dano à saúde da vítima. A paciente permanece internada no HRT e o estado de saúde dela é estável. O documento conclusivo da perícia deve ficar pronto em menos de um mês.

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