postado em 05/05/2010 09:20
O preço da gasolina vai subir de novo no Distrito Federal. No último sábado, as distribuidoras elevaram o litro do combustível em R$ 0,06. Sempre que passam a pagar mais para renovar o estoque, os donos de postos obrigam os consumidores a arcar com esse aumento. O repasse às bombas está definido: será na mesma proporção e deve se concretizar até a próxima segunda-feira. A variação de preços entre os postos do DF é mínima, quase nula. Na maioria deles, a gasolina comum custa hoje R$ 2,69. Com o reajuste anunciado, saltará para R$ 2,75 (2,2%), o que tornará o etanol um pouco mais vantajoso.As distribuidoras subiram o preço no mesmo fim de semana em que o percentual de álcool na gasolina voltou a ser de 25%. Durante três meses, vigorou a redução para 20%, medida adotada pelo governo federal para conter a escalada do valor do etanol em todo o país. Na nota em que comunica o novo reajuste, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sinpetro-DF), José Carlos Ulhôa, comenta que ;enquanto o país não dispuser de política consistente de combustíveis, o mercado será regido por surpresas, oscilações de preços, dependência de influências externas, interesses eleitoreiros, insatisfação geral;.
Depois do aumento do fim de semana, o litro da gasolina passou a chegar aos postos a R$ 2,29 ; diferença de R$ 0,51 entre o novo valor previsto para o consumidor. ;Estamos apertados com nossa margem (de lucro), vamos ter que repassar tudo, no máximo, até segunda;, disse o presidente da Rede Gasol, Antônio Matias, dono de 91 postos, cerca de um terço do total. A tabela de preços da Gasol influencia a das demais. Desde novembro do ano passado, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, apura se há um cartel no setor de combustíveis no DF. O órgão reconhece que, por falta de pessoal, a investigação não segue no ritmo desejado.
O governador do DF, Rogério Rosso, pediu ontem à Procuradoria-Geral do DF e a órgãos ambientais estudos sobre a proibição de supermercados instalarem postos de revenda de combustíveis, prevista em uma lei aprovada pela Câmara Legislativa em 2000. O Executivo vai então decidir se envia ou não um novo projeto de lei para revogar a proibição em vigor. ;De antemão, adianto que sou favorável à livre concorrência, para que os preços sejam sempre os melhores para o consumidor;, disse Rosso.
"Estamos apertados com nossa margem (de lucro), vamos ter que repassar tudo, no máximo, até segunda"
Antônio Matias, presidente da Rede Gasol