postado em 15/05/2010 08:16
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) comemorou seu cinquentenário ontem. A solenidade festiva ocorreu no auditório da instituição e não contou com a presença de um de seus principais membros: o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra. Acusado pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa de receber dinheiro para liberar informações sigilosas sobre a Operação Megabyte, deflagrada em junho de 2008, Bandarra foi aconselhado por pessoas próximas a não expor sua imagem no evento.Quem falou em nome da instituição foi a vice-procuradora geral de Justiça, Maria Aparecida Donati Barbosa. Ela resumiu a história do MP e lembrou os desafios do ofício de fiscalizar e denunciar dos promotores e desembargadores. Porém Maria Aparecida não comentou os últimos episódios que envolvem os membros da casa. ;Devemos estar sempre preparados para novos desafios. Continuaremos executando nosso trabalho de forma efetiva para fortalecer cada vez mais essa instituição;, discursou.
O presidente do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Otávio Augusto Barbosa, compareceu à cerimônia, mas também não quis comentar as denúncias envolvendo Bandarra e a promotora Deborah Guerner. ;Não quero comentar nada sobre esse assunto. Não agora;, afirmou.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF, Francisco Caputo, defende que as denúncias feitas por Durval Barbosa sejam apuradas com rigor, mas pediu cautela. ;Quem está fazendo esse tipo de acusação não tem a ficha limpa. É uma denúncia grave contra membros de uma instituição honrada e eles têm o direito à ampla defesa. As investigações devem ocorrer, sim, mas com cautela, pois o acusador não merece tanta credibilidade;, afirmou Caputo.