postado em 16/05/2010 13:15
A distrital afastada Eurides Brito (PMDB) alegou, neste sábado (16/5), ser vitima de um julgamento político. Durante a entrevista coletiva concedida no escritório de seus advogados, no edifício Brasil 21, a deputada comentou que não considera adequado que o processo por quebra de decoro, ao qual responde na Câmara, seja conduzido pela colega Érika Kokay (PT), relatora do caso. Segundo a parlamentar, Érika sequer deveria compor a Comissão de Ética da Casa, já que, de acordo com Eurides, a petista foi alvo de acusações no início do mandato, que na época questionaram a conduta ética da parlamentar sobre uma suposta manutenção de uma conta fantasma. [SAIBAMAIS];O parecer contra ela foi terrível, mas morreu na Corregedoria, sem chegar na Comissão de Ética, porque ela pediu a interferência do Palácio do Planalto e do então governador Arruda. Não vou repeti o que a Érika fez, mas no lugar dela eu me consideraria impedida;, atacou Eurides.
A distrital foi afastada do mandato por uma liminar expedida na primeira instância da Justiça local. O juiz Álvaro Ciarlini, da 2; Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, acatou o parecer do Ministério Público do DF, segundo o qual Eurides estaria usando de influência politica para interferir no processo que responde na Comissão de Ética da Câmara. Os advogados da deputada vão recorrer da decisão judicial na tarde desta segunda-feira (17/5).
Eurides acredita que vai se livrar do processo na Justiça que investiga a suposta participação dela no esquema misterioso de pagamento de propina a deputados da base aliada do governo. Mas a deputada acha improvável que consiga escapar do processo de cassação na CLDF.