postado em 20/05/2010 07:51

Ontem, Lemos teve que descer até o comércio da quadra para comprar remédios, mas evitou passar perto do posto. Ele esteve na delegacia para reconhecer suspeitos, mas admite que não conseguiu prestar atenção no rosto de quem o atacou. O militar também foi ao oftalmologista e se submeteu a exames. Em princípio, o médico não detectou sequelas ou deslocamento da retina. O militar ainda não sabe quando voltará ao trabalho, pois deve retirar pontos da palma da mão direita em cinco dias e só então avaliar se a movimentação está normal. Abalado, ele foi a um psiquiatra, que lhe prescreveu remédios para dormir.
O oficial da Aeronáutica sofreu machucados variados. Do lado do esquerdo do corpo, teve ferimentos no olho e no joelho. Do lado direito, além da mão, o joelho e a perna apresentam cortes. Ainda há hematomas na nuca, na fronte e nas laterais dos olhos.
No fim da tarde, Lemos soube que novas imagens do circuito de segurança do prédio foram encontradas e o material deve ser entregue ao delegado Warmling. Enquanto o processo criminal corre, ele analisa a possibilidade de contratar um advogado e entrar na Justiça pelos danos sofridos. ;Mas nada está claro ainda. Estou mais preocupado em não ter barulho incomodando minha família ou meus amigos. Trabalho, pago impostos e tenho o direito de dormir em paz.; Watson Warmling salienta que a população pode contribuir com as investigações, por meio de denúncia anônima para o telefone 197.
Outras cidades

O conflito entre moradores em busca de sossego e comércios que colocam som além do considerado razoável não é comum apenas no Plano Piloto. Um bar localizado na QNN 40 de Ceilândia, por exemplo, vem tirando o sono da vizinhança. O local atrai entusiastas de motocicletas e fãs de música ao vivo. O problema, garantem os vizinhos, é que o movimento vara a madrugada. ;Às vezes, parece que a banda está tocando na minha garagem;, diz o analista de sistemas Wilson César da Silva, 30 anos, que mora em frente ao bar. A pensionista Elcina Bertolino, 62, vive a três casas do boteco: ;De vez em quando, prefiro ir dormir em paz na casa da minha filha, bem longe daqui;.
O proprietário do bar, Vander Feitosa, 30 anos, garante que o alvará do bar ; que teria sido expedido há uma semana ; autoriza o funcionamento até as 4h. Ele desmente os vizinhos incomodados, dizendo que fecha as portas antes desse horário. A Administração de Ceilândia confirma a expedição do alvará, mas ressalta que o funcionamento autorizado vai de segunda a sábado, das 8h às 2h. O documento não menciona autorização especial para música ao vivo, o que é exigido pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Segundo a Agência de Fiscalização do DF (Agefis), o estabelecimento já foi autuado duas vezes e não regularizou a situação. Uma nova operação pode interditar o bar até o fim deste mês.
O número
197
Telefone do Disque-Denúncia para informações sobre os agressores
Opinião do internauta
Leitores do Correio continuam a fazer comentários no site do jornal sobre o espancamento do militar que pediu silêncio ao grupo de rapazes no posto de combustíveis da 214 Sul. Confira:
Edmar Alencar
;Estamos solidários com o senhor Anísio Lemos e sua família, manifestando indignação com essa ocorrência, aproveitando para lembrar as autoridades que, por favor, tomem providências contra o barulho em Brasília. Detran e PM, fiscalizem veículos particulares com som absurdamente alto, vocês nos devem isso.;
Abel Almeida
;Até agora, nenhuma medida eficaz do governo, estão esperando as coisas esfriarem, as urnas estão próximas, temos que aprender a votar em quem está comprometido com o sossego alheio.;
Enio Silva
;É preciso que as autoridades tomem providências urgentes em todas as áreas de convivência social. O brasiliense está cada vez mais menosprezando o cumprimento das leis, acham que elas só servem para os outros. Se cada um fizer sua parte, estaremos todos bem.;
Leonardo Rocha
;Embora mais que tardia a ação do Estado, finalmente foi feito o correto! E que sirva de exemplo para os covardes nervosinhos de plantão. Se não sabem conviver em sociedade, ouvir o terceiro e se preocupar com a pessoa, estão mais para bichos. Sugestão para esses: virar eremitas para o bem de todos.;
Domingos Ferreira
;Quando delinquentes agem livremente, a culpa é do Estado, nesse caso, representado pela Administração de Brasília, que é omissa e relapsa na fiscalização. A nós, consumidores, resta a única arma. Boicotar esse posto.;
;Estamos solidários com o senhor Anísio Lemos e sua família, manifestando indignação com essa ocorrência, aproveitando para lembrar as autoridades que, por favor, tomem providências contra o barulho em Brasília. Detran e PM, fiscalizem veículos particulares com som absurdamente alto, vocês nos devem isso.;
Abel Almeida
;Até agora, nenhuma medida eficaz do governo, estão esperando as coisas esfriarem, as urnas estão próximas, temos que aprender a votar em quem está comprometido com o sossego alheio.;
Enio Silva
;É preciso que as autoridades tomem providências urgentes em todas as áreas de convivência social. O brasiliense está cada vez mais menosprezando o cumprimento das leis, acham que elas só servem para os outros. Se cada um fizer sua parte, estaremos todos bem.;
Leonardo Rocha
;Embora mais que tardia a ação do Estado, finalmente foi feito o correto! E que sirva de exemplo para os covardes nervosinhos de plantão. Se não sabem conviver em sociedade, ouvir o terceiro e se preocupar com a pessoa, estão mais para bichos. Sugestão para esses: virar eremitas para o bem de todos.;
Domingos Ferreira
;Quando delinquentes agem livremente, a culpa é do Estado, nesse caso, representado pela Administração de Brasília, que é omissa e relapsa na fiscalização. A nós, consumidores, resta a única arma. Boicotar esse posto.;