Juliana Boechat
postado em 20/05/2010 07:56
Mais uma morte por suspeita de dengue hemorrágica será investigada pela Secretaria de Saúde. A dona de casa Glória Maria Rosa Espíndola, 56 anos, moradora do Itapoã, apresentou sintomas graves da doença ; redução no número de plaquetas no sangue, manchas na pele e falta de ar ; e foi encaminhada ao hospital em abril. Dois exames não detectaram a enfermidade. Em seguida, os médicos levaram a paciente para fazer uma radiografia. Como o exame registrou cálculo na vesícula, Glória foi submetida a uma operação. Dias depois, apresentou hemorragia interna e morreu. A certidão de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML) definiu a causa da morte por ;hemorragia difusa e dengue hemorrágica;.A Secretaria de Saúde desconhecia o caso até a noite de ontem. ;Entramos em contato com a família e garantimos que vamos apurar a morte. O laudo definitivo deve sair em sete dias;, afirmou Laurindo Monteiro Cruz, diretor de Vigilância Ambiental do órgão.
[SAIBAMAIS]UTI
Glória deu entrada no Hospital Regional do Paranoá na segunda quinzena de abril com sintomas de dengue. Em 5 de maio, ela foi submetida a uma operação para a retirada da vesícula e recebeu alta no dia seguinte. ;Ela estava bem, só apresentava os sintomas da dengue. Não precisava ser operada naquele momento;, acredita Thelma Rosa, 36 anos, uma das filhas de Glória. Após uma parada cardíaca, em 9 de maio, a dona de casa foi levada ao Hospital de Base do Distrito Federal, que teria identificado o quadro de hemorragia interna e dengue hemorrágica.
Inconsciente, Glória ainda passou oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Regional de Ceilândia antes de morrer. A família quer explicações. ;Para mim, os médicos se precipitaram;, reclamou o genro Welton Nunes Ferreira, 27 anos. O caso também está sob investigação da 15; Delegacia de Polícia (Paranoá). Até agora, já foram confirmadas cinco mortes por dengue neste ano no Distrito Federal.
ORIENTAÇÃO
Quem souber de um caso de dengue próximo de casa deve ligar para o telefone 3341-1682, da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde. A partir desse contato, os registros serão encaminhados ao órgão responsável.