Após localizar os corpos das duas meninas que estavam desaparecidas no Lago Paranoá, o Corpo de Bombeiros começou, às 14h35, a içar a lancha naufragada, localizada na tarde de segunda-feira (24/5). Para isso, a corporação utiliza um aparelho chamado globo elevador. A embarcação será levada ao quartel dos bombeiros para depois ser feita a perícia.
Os corpos das irmãs, Juliana, 21 anos, e Liliane Queiroz de Lima, 18, que ficaram desaparecidas durante cerca de 80 horas, foram resgatados esta manhã. O pai das jovens reconheceu o primeiro cadáver como sendo de Juliana.
As jovens foram encontradas, com, aproximadamente, 1h30 de diferença, na manhã desta terça-feira (25/5). O primeiro foi localizado por volta de 9h. O pai das garotas acompanhou todo processo.
Acidente
A lancha afundou, por volta das 3h30 do último sábado (22/5), entre a QL 15 e a Ponte JK, no Lago Paranoá. Havia 11 pessoas na embarcação, que comportava apenas seis. A irmã das jovens que estavam desaparecidas, Rita de Cássia Queiroz Lira, 26 anos, sobreviveu ao naufrágio e ficou internada até ontem no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em estado de choque.
Desde o naufrágio, o Corpo de Bombeiros faz buscas no local. A lancha foi encontrada na tarde desta segunda-feira, a 25 metros de profundidade, e a procura continuou até a manhã de hoje, quando foram localizados os corpos das duas irmãs.
Irregularidade
A Polícia Civil acredita que houve imprudência e negligência durante o passeio e o piloto poderá responder por homicídio culposo (sem intenção de matar). A pena varia de um e três anos de prisão.
Um dos principais motivos no naufrágio pode ser sido a superlotação. Coletes salva-vidas também não foram usados. Oito pessoas já prestaram depoimentos na 9; Delegacia de Polícia (Lago Norte). Rita de Cássia, irmã das jovens desaparecidas, deve ser ouvida ainda esta semana.