Cidades

Operação Gigante prende quadrilha que assaltava construtoras e comércios

A quadrilha tinha um informante que trabalhava em uma das construtoras. A polícia desconfia de outros funcionários

postado em 25/05/2010 16:04
Uma informação e um plano bem elaborado. A quadrilha foi presa durante a Operação Gigante, na tarde desta segunda-feira (24/5), pela Delegacia de Repressão e Roubo (DRR) precisava apenas disso e de coragem para cometer assaltos a construtoras e pequenos comércios de várias cidades do Distrito Federal.

Formado por cinco homens, o bando era monitorado desde março deste ano, quando tentou assaltar funcionários da construtora João Fortes Engenharia, em uma obra no Plano Piloto. E em abril eles quase conseguiram assaltar a Home Center Maranata, em Águas Lindas (cidade localizada a 47km de Brasília).

No dia quatro de setembro do ano passado, um dos planos deu certo. Raimundo Wagno Sousa da Silva, 32 anos, líder da quadrilha; Jânio Alves Vieira, 23; José Gabriel Pereira de Sousa, 40; Paulione Alves de Sena, 30; e Israel José Pereira, 36, roubaram R$ 26 mil da construtora Mirante Gestão e Construção, em Águas Claras.

O roubo

Durante o assalto as vítimas foram presas com abraçadeiras plásticas (objeto utilizado para amarrar mangueiras) e ameaçadas com um revólver calibre .38. A quadrilha usava rádios para se comunicar. Enquanto três deles entravam na construtora, dois ficavam do lado de fora vigiando e passando informações.

Na casa de Raimundo, a polícia apreendeu um revólver calibre .38, duas balaclavas (máscaras), documentos falsos, munições, molinetes (objeto de pesca), teclados, roupas com etiqueta das lojas, bonés, caixas de som. Alguns objetos como, panelas, centrífuga juicer, talheres e mochilas ainda estavam na embalagem.

Os agentes apreenderam também um celular. Nele havia duas gravações do dia em que eles fizeram o roubo à construtora. Nas imagens eles mostram o dinheiro, armas e várias munições. As prisões foram feitas em Águas Lindas e em Ceilândia.

Investigação

O delegado-chefe da DRR, Érito Cunha, acredita que os homens tenham cometido outros crimes. "Com base nas queixas, conseguimos confirmar apenas dois roubos, mas pela apreensão eles devem ter cometido muitos outros", disse o delegado.

Um homem identificado apenas como "Passo Preto", seria o informante da construtora João Fortes. "Ele era pedreiro da obra e repassava informações de datas de pagamento para a quadrilha. Falta apenas reunirmos todas as provas para indiciá-lo", explica Érito Cunha. Passo Preto está detido no Departamento de Polícia Especializada (DPE).
A polícia desconfia que existam outros informantes entre os funcionários das empresas. Alguns deles devem prestar depoimento.
Israel, Raimundo e José Gabriel eram caminhoneiros, tinham renda fixa. Paulione e Raimundo já tinham passagem por roubo.
Os R$ 26 mil não foram recuperados. Os cinco homens foram autuados por formação de quadrilha, porte de arma, porte de munição, receptação e uso de documentação falsa.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação