Cidades

Irmã das jovens que morreram no naufrágio deve prestar depoimento hoje

postado em 27/05/2010 07:31
O chefe da 9; Delegacia de Polícia (Lago Norte), Silvério Moita, deve ouvir hoje a cabeleireira Rita Queiroz de Lira, 26 anos, irmã de Juliana e Liliane, que morreram no naufrágio. Ela é a única sobrevivente que ainda não prestou depoimento. Sua oitiva foi desmarcada duas vezes, devido ao seu estado emocional. Em conversas com jornalistas e amigos, Rita adiantou que o piloto da embarcação, o técnico em informática José da Rocha Costa Júnior, fazia manobras arriscadas e que todos estavam bebendo e dançando na hora do acidente.

Júnior também deve ir na manhã de hoje à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o acidente, dessa vez na condição de acusado, por provocar a morte das jovens. Como o Correio adiantou ontem, ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Se condenado, pode pegar até três anos de prisão. Nesta quarta-feira, ele voltou a conversar com a reportagem e disse que está sofrendo muito com toda a situação. Júnior mora em Arniqueiras, setor residencial próximo a Águas Claras.

Negligência
Sobre a perícia feita na embarcação pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil, o delegado diz que a análise irá corroborar a tese de que Júnior agiu com negligência, ao colocar 11 pessoas numa lancha projetada para seis. Segundo depoimentos dos sobreviventes, ninguém usava colete salva-vidas. As duas jovens que morreram não sabiam nadar. ;Não vou mudar o indiciamento, mas qualquer elemento que sirva para deixar o inquérito mais consistente é de extrema relevância;, destacou Silvério Moita. (SA)

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