O segundo depoimento previsto para esta sexta-feira (28/5) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), da Câmara Legislativa, do coronel da Polícia Militar do DF, Silva Filho, começou às 15h50 e durou cerca de três horas. Mais cedo, pela manhã, o presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Carlos Antônio Leal, falou sobre a repartição dos lucros da entidade.
O coronel prestou esclarecimentos sobre os confrontos violentos entre a Polícia Militar e manifestantes do movimento "Fora Arruda e Toda a Máfia". O primeiro ocorreu no fim de 2009, na Praça do Buriti, quando os policiais atacaram os estudantes com golpes de cacetete e bombas de efeito moral. O outro incidente aconteceu durante as eleições indiretas em frente à Câmara Legislativa, no dia 17 de abril.
Na audiência pública, acompanhada por estudantes e policiais, a presidente da CAS, deputada Erika Kokay (PT), leu o depoimento de um estudante preso durante a manifestação. Nele, a polícia é acusada de tortura física e psicológica. Cenas dos tumultos também foram apresentadas.
[SAIBAMAIS]Participaram também da audiência, o subsecretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência da Republica, Derly Cipriano, e Raul Cardoso, representando o Diretório Central dos Estudantes(DCE), da UnB. Raul questionou a função da Polícia Militar. "Dizem que é manter a ordem e garantir o ir e vir, mas não foi o que aconteceu nesses dois episódios", afirmou.
Silva Filho em nenhum momento admintiu que houve erro da PM. "A polícia não atacou. Foi atacada e reagiu", garantiu. Segundo o coronel, durante as manifestações, a policia tentou negociar com os estudantes a todo momento.
A deputada Erika Kokay fez críticas ao coronel. "Em nenhum momento o senhor fez auto-críticas, apenas falou da dificuldade de negociação com os manifestantes", disse