Cidades

Câmara Legislativa está sem corregedor desde a renúncia de Brunelli

Ana Maria Campos
postado em 03/06/2010 08:30
Quatro meses depois de iniciados os trabalhos deste ano, a Câmara Legislativa ainda não tem um corregedor. O mandato de um ano está vago desde o fim de 2009 justamente num momento em que a Casa enfrenta a maior crise envolvendo questões disciplinares entre os distritais. Dos 24 deputados, oito estão sob investigação no inquérito da Operação Caixa de Pandora por envolvimento no suposto esquema de pagamento de propinas em troca de apoio político ao GDF.

O último corregedor, eleito no ano passado, Júnior Brunelli (1) (PSC), renunciou ao mandato para escapar do processo por quebra de decoro parlamentar que levaria à sua cassação e a consequente inelegibilidade por oito anos. Raimundo Ribeiro (PSDB) atuou como corregedor ad hoc para os processos dos oito citados no inquérito 650 do STJ, mas deixou a função no início do ano. Na sessão de ontem, o deputado Cabo Patrício (PT), vice-presidente da Câmara, cobrou a eleição de um deputado para cuidar das questões disciplinares na Casa.

Ele pediu ao presidente da Câmara, Wilson Lima (PR), que marque uma sessão na próxima semana para deliberar sobre o assunto. Mas ainda não há previsão de data para que os deputados discutam o assunto em plenário. Nesta legislatura, antes de Brunelli, outro deputado que hoje é investigado na Caixa de Pandora, fez o papel de corregedor: Rôney Nemer (PMDB).


1 - Renúncia
Júnior Brunelli foi filmado por Durval Barbosa recebendo dinheiro e é o autor da chamada Oração da Propina, ao lado do ex-presidente da Câmara Leonardo Prudente. Os dois renunciaram ao mandato para escapar da cassação.

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