postado em 04/06/2010 08:08
O estudante de administração Anderson Ferreira da Silva, 28 anos, vai a júri popular. O Tribunal de Justiça acatou a denúncia da Promotoria do Tribunal do Júri de São Sebastião e pronunciou o jovem pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. Anderson confessou à polícia que matou a mãe, Rosilda Maria de Fátima Silva, 48 anos, em 14 de abril, após uma discussão sobre o volume da televisão. Ele teria usado um martelo para golpear Rosilda e depois enterrou o corpo dela dentro de casa, numa área que era destinada a jardim de inverno. No dia seguinte, o estudante procurou a delegacia da cidade e comunicou o desaparecimento da mãe.Em poucos dias, o acusado distribuiu cartazes com a foto de Rosilda e telefone de contato para quem tivesse informações sobre o paradeiro da mãe. O corpo foi encontrado pelos bombeiros em 12 de maio, quando ele foi preso pela polícia. No dia seguinte, a Promotoria do Tribunal do Júri de São Sebastião apresentou denúncia contra o estudante. Anderson Ferreira está preso e aguardará o julgamento atrás das grades.
Fatores como a ausência de culpa ; Anderson saiu para comer uma pizza com uma suposta namorada e um amigo 24 horas após enterrar a mãe ; e a meticulosidade para forjar uma situação que afastasse qualquer suspeita foram apontados pelo Ministério Público do DF (MPDFT) em sua denúncia ao TJDFT. De acordo com agentes da 30; DP, mesmo após preso e ciente dos crimes pelos quais será indiciado ; que podem lhe render de 13 a 33 anos de reclusão ;, Anderson não se afetou. Permaneceu tranquilo e inalterado, mesmo estado que apresentou enquanto policiais e bombeiros faziam busca em sua casa e resgatavam os restos mortais da vítima. ;Minha mãe tratava todo mundo no grito;, teria dito a um agente. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a morte decorreu de traumatismo craniano, causado por objeto contundente, o que reafirma a versão de que o objeto seria mesmo um martelo. O irmão de Anderson, Alessandro Ferreira da Silva, foi procurado pelo Correio para comentar a decisão do tribunal, mas não atendeu às ligações.