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Corpo de Bombeiros registra 22 acidentes com motocicletas nesta terça-feira

postado em 08/06/2010 17:27
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal registrou pelo menos 22 acidentes com motocicletas nesta terça-feira (8/6), até as 17h. Nenhum teve vítimas em estado grave ou mortes. Mas muitos feridos tiveram de ser levados aos hospitais da cidade. Uma das primeiras ocorrências do dia causou transtornos e motoristas que passaram pela Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) enfrentaram engarrafamento fora do comum. Por volta das 7h, um caminhão, uma moto e um carro se envolveram em um acidente na saída do Núcleo Bandeirante, próximo ao Setor de Postos e Motéis, sentido Plano Piloto.

Segundo informações da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) do Corpo de Bombeiros, o motoqueiro Leandro Ciqueira Santos, 26 anos, ficou ferido sem gravidade e foi encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O rapaz reclamava de dores na perna direita. O engarrafamento durou até por volta das 9h.

À tarde os acidentes continuaram a ocorrer. Pouco antes das 15h, na BR-020, sentido Sobradinho/Planaltina, uma moto (placa JGW 6242 ; DF) bateu na Strada (placa JGL 8495 ; DF) do locutor José Gildemar da Silva, 38 anos, morador da Estrutural. "Ele saiu do acostamento e invadiu a pista em uma velocidade muito baixa para uma BR. Foi inevitável", explicou José. O condutor da moto não foi identificado, mas passa bem.

Às 14h, no início da Avenida Elmo Serejo, que liga Taguatinga Centro à QNL, Ceilândia e Samambaia, a moto (placa JJF 1678 ; DF) do chaveiro Ari de Araújo, 45 anos, bateu na traseira de um ônibus (placa JGA 0521 ; DF) Linha 380, que vinha da W3 Sul com destino a Samambaia, depois de ser supostamento fechado por um caminhão que não se envolveu na batida.

O filho de Ari, César Augusto Figueiredo, 18 anos, foi até o local para ter notícias do pai. "Ele estava bem, mas foi levado para o Hospital de Taguatinga para uma avaliação", disse o rapaz, que também já sofreu acidente de moto e dirige desde os 15 anos. "Eu andava sem carteira. Cai e tenho marcas nos braços. Mas não foi nada grave. Eu dirigi muito rápido e passei em um quebra-molas. Às vezes falta prudência", admitiu o rapaz. Na família dele, pelo menos outras três pessoas têm moto e já se machucaram.

O ônibus no qual Ari bateu não apresentou licenciamento nem o pagamento do seguro obrigatório. Mesmo assim, apresentava a marca da vistoria do DF Trans, em 12 de março último. "Nesses casos a vítima fica desamparada do seguro dpvat, porque a empresa não pagou as contas em dia e o ônibus segue para o depóstio do Detran", explicou o subtenente da Polícia Militar Ademir Araújo.

Incidência


Dos 109 mortos no trânsito de janeiro a março deste ano, 26 eram motociclistas. Na frente dessa categoria estão apenas os pedestres, com 29 óbitos. Até abril deste ano, 126,262 motocicletas registradas no Departamento de Trânsito circulavam pelas ruas da cidade. O número representa 10,8% da frota total, que é de 1.170.558 veículos. O crescimento da frota preocupa o Detran. "O aumento é de, em média 20% ao ano. De cada três acidentes graves, um envolve moto. É um dado assustador e preocupante", afirmou o diretor de segurança de trânsito do Detran, Silvaim Fonseca. De acordo com o diretor, a maior parte das colisões ocorrem por conta do hábito de andar pelo corredor, entre os carros.

Em 2000, havia 25.973 motos autorizadas a trafegar. Enquanto a frota de automóveis não chegou a dobrar em pouco mais de 10 anos ( de janeiro de 2000 até abril de 2010) ; eram 474.501 e agora há uma soma de 873.257 carros no DF ; o número de motocicletas aumentou em torno de 4,8 vezes. Não é difícil explicar essa diferença. A moto custa menos e garante mais agilidade que um outro veículo. O risco, como mostram os dados, está na falta de segurança.

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