Cidades

Polícias Civil e Militar e Bombeiros do DF não terão reajuste salarial em 2010

Juliana Boechat
postado em 09/06/2010 15:52
Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (9/6) com parlamentares ligados à segurança pública e com o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, João Bernardo de Azevedo Bringel, o governador do DF, Rogério Rosso, não conseguiu negociar aumento para os agentes da segurança pública do DF. O encontro aconteceu após o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, garantir que não dará aumento salarial para as categorias de policial federal, civil e militar e bombeiros este ano.

Os policiais lutam por um aumento de 33% nos vencimentos, que seriam pagos em cinco etapas: 7% em março e 7% em setembro de 2011; 7% e 7% em março e setembro de 2012. A proposta foi encaminhada à União pelo governador interino Wilson Lima (PR), em 18 de março deste ano.

Em troca, o Governo do Distrito Federal garantiu a criação de um grupo de trabalho para elaborar quatro projetos de leis que visam um plano de cargos e salários aos militares. Rosso acredita, no entanto, que o aumento salarial seja autorizado em janeiro do próximo ano."O contato com o governo federal não foi feito na época certa. E é isso que estamos fazendo agora. Vamos buscar para isso ocorrer em 2011", disse o governador.

O deputado distrital e policial militar Cabo Patrício acredita que a categoria compreenderá a decisão do governo federal. "Os policiais têm consciência da crise política. As negociações estão sendo feitas pelo governador para conseguirmos o aumento", explicou.

Há oito dias, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o governo federal não concederá reajustes salariais ao funcionalismo público em 2010 ; a medida se estende aos policiais do DF, pagos com recursos do Fundo Constitucional. Em ano eleitoral, eventuais reajustes devem cumprir o prazo limite para entrar em vigor. No entanto, até 5 de julho ; 180 dias antes do término do governo Rosso ; haveria prazo legal para se autorizar um reajuste que entrasse em vigor a partir de janeiro de 2011.

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