postado em 09/06/2010 20:11
Escandalizada devido a um problema que resultou na agressão ao tenente da Aeronáutica Anísio Oliveira Lemos em uma madrugada de maio, a deputada Érika Kokay (PT) promove discussão sobre poluição sonora, nesta quinta-feira (10/6). A Sessão Plenária de quinta se transformará em Comissão Geral a fim de debater o caso e outros problemas que incomodam os moradores do Distrito Federal. O debate está marcado para as 15h.Brasília é a região administrativa com o maior número de reclamações registradas pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Logo depois, Sobradinho, Samambaia, Taguatinga e São Sebastião. Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Ibram registrou 148 denúncias de poluição sonora. Em todo o ano de 2009 foram 840 ocorrências, sendo que os maiores índices foram registrados nos meses de março, novembro e dezembro.
De acordo com números da Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição sonora é o terceiro maior problema ambiental em todo o mundo. Entre os males causados por ela, estão o estresse, a dificuldade de concentração, fadiga, irritabilidade, aumento da pressão arterial e insônia.
Juntamente com lideranças comunitárias e prefeitos de quadras, foram convidados para participar da Comissão Geral o presidente do Ibram, Gustavo Souto Maior, e o diretor da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), Georgiano Trigueiro.
Relembre o caso de agressão
O tenente da Aeronáutica de 46 anos foi ao posto de combustível, localizado em frente ao seu prédio, no Eixo L Sul (na altura da Quadra 214), por volta das 3h do dia 15 do mês passado para reclamar com o gerente do estabelecimento, Daniel Benquerer Costa, 23. O problema seria um som alto que estaria ligado na loja de conveniência. A reclamação não foi bem diregida por Daniel, culminando em uma agressão covarde ao militar por ele, filho da proprietária do posto, e por mais quatro pessoas.
Policiais tiveram acesso ao laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que confirma as agressões sofridas. Os agressores responderão por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima. A pena, em caso de condenação, é de 10 anos. Eles também devem responder a dano ao bem público, cuja pena é de 13 anos de detenção.