Cidades

Escola de Sobradinho pode ter aulas paralisadas por falta de materiais

postado em 11/06/2010 18:46
Mais de 2 mil crianças da Escola Caic Julia Kubitschek, localizada na Área Residencial 13, Conjunto 03, Área Especial 01, em Sobradinho II, podem ter as aulas paralisadas na próxima quarta-feira (16/06).

A intenção é que, após uma reunião com os pais, na noite de segunda-feira (14/06), fique decidido que as crianças não serão enviadas à instituição, como forma de protesto à falta de verba.

Segundo o presidente da unidade executora do Caic, Sinval Gusmão, por causa da ausência da verba, a escola está sem materiais, como papéis, cartolinas, detergentes, sabão em pó, giz branco e colorido, gás de cozinha e até a merenda estaria sendo prejudicada.

A ideia da paralisação é uma iniciativa de Sinval Gusmão, que afirma que desde o início do ano a escola não recebe a verba do governo, dentro da chamada gestão compartilhada. "Na gestão compartilhada, o governo libera uma verba para o custeio, entretanto, desde o início do ano não entrou nenhum centavo na conta da escola. Era para ser uma verba de aproximadamente R$ 140 mil", explica.

Segundo o presidente da unidade executora do Caic, existia uma promessa do governo de enviar a verba até o dia 28 de maio. "Porém, a verba não entrou", lamenta. Gusmão completa, dizendo que no dia 21 de maio, a escola já havia enviado um e-mail para a Secretaria de Educação pedindo uma verba emergência ou até o envio dos materiais em falta.

Como a verba não caiu na conta da escola, de acordo com Gusmão, ele decidiu enviar um e-mail nesta sexta-feira (11/06) propondo a paralisação. "Queria ter certeza de que a verba não estaria na conta, por isso, só enviei hoje. Ainda marquei para quarta-feira para evitar que fosse dito que não havia tido aula em função dos jogos da Copa do Mundo", diz.

Resposta


De acordo com o diretor da regional de Sobradinho, Ranieri Falcão, a unidade executora do Caic teve problemas na prestação de contas de 2008, o que atrasou a liberação do recurso. "Essa falta de verbas realmente aconteceu, mas por problemas na prestação de contas da escola. Como é dinheiro público, precisa ser gasto com responsabilidade, até por isso, é preciso estar em dia na prestação de contas", explica.

Ranieri ressalta que esse fato também acontece nas outras instituições de ensino, que também não tiveram a verba liberada. "Não foi liberado para ninguém, realmente houve um atraso. Mas deve ser enviada na semana que vem", informa. Ele ainda disse que a escola receberá aproximadamente R$ 150 mil para a compra desses materiais.

Falcão explica que com a gestão compartilhada, a verba passa a ser responsabilidade direta da instituição: "é importante frisar que esse recurso é bastante legal porque é uma descentralização para que as escolas possam suprir suas necessidades".

Paralisação


Em relação ao protesto, Ranieri Falcão disse que a Secretaria de Educação não autorizou a paralisação. "Nós tememos o prejuízo às crianças. Ainda temos 200 dias letivos. O processo para a entrega da verba está em andamento, se estivesse parado, até tudo bem. Mas não é isso que está acontecendo", acentua.

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