Os Delegados de Goiás completam 31 dias de greve nesta quarta-feira (16/6). De acordo com o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), Wilson Luiz Vieira, não há previsão para o fim da paralisação.
Na sexta-feira (11/6) da semana passada, a categoria rejeitou a proposta do Governo do Estado de Goiás, que concedia 4% de aumento salarial para delegados de primeira, segunda e terceira classes e 17% para a classe especial. Foi apresentada, ainda, uma contraproposta, pelo sindicato, também negada.
Wilson argumenta que o reajuste proposto pelo governo não cobre as perdas inflacionárias. "A gente pede um aumento que cubra, no mínimo, as perdas, é inviável um salário inicial de R$ 12 mil para a terceira classe. Pedimos também igualdade no reajuste. São 36 delegados na classe especial, ou seja, menos de 10% de nós receberia 17% de aumento", esclarece. Segundo ele, o governo tem até 5 de julho para uma tentativa de negociação, ou a categoria permanecerá em greve até o período de eleições.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Goiás (SSP-GO), o governo não tem previsão de outra proposta. A equipe econômica adiantou que a última seria definitiva, já que não há verba suficiente para suprir o pedido do sindicato. Ainda segundo a secretaria, a paralisação está dentro da legalidade e, por isso, não serão cortados pontos dos grevistas.
Atendimento
As delegacias funcionam com 50% do efetivo. Flagrantes e casos graves ainda são registrados e, de acordo com Wilson, apenas o 1; Distrito Policial de Goiânia registra ocorrências. Delegados dos 26 distritos trabalham no local, que funciona como uma central.
Greve
A categoria paralisou as atividades no dia 17 de maio. Desde então, não houve progresso nas negociações e a única proposta apresentada pelo governo foi rejeitada, assim como a contraproposta do sindicato. As reivindicações são reestruturação de carreira e aumento salarial calculado de acordo com a perda inflacionária - diminuição do poder de compra.