O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sindepol-DF) deve recorrer nesta terça-feira (22/6) da decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que determina a volta da categoria às atividades. O presidente em exercício do sindicato, Ciro de Freitas, adianta que não tem poder para por fim à greve. "Tudo será decidido em assembleia, nós não resolvemos nada sozinhos, a categoria tem que participar", explica.
Ciro de Freitas diz que a medida será cumprida em parte. A decisão determina, também, que toda a categoria seja notificada sobre o valor da multa. "Já encaminhamos o documento para todos os Policiais Civis".
Sobre a ilegalidade da greve, ele argumenta que não cabe a uma liminar determinar se a paralisação é, ou não, legítima. "Isso ainda não foi julgado, apenas foi imposto que voltássemos às atividades normais", diz. No entanto, segundo a assessoria de imprensa do TJDFT, enquanto não for julgado o recurso, a greve não está dentro da lei.
Multa
A categoria tem 12 horas, contadas a partir da entrega do documento, para retornar às atividades, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, dentro desse período, os Policiais Civis do DF podem entrar com recurso. A decisão foi tomada por meio de medida cautelar, que prevê urgência nas decisões, por conta disso, o recurso deve ser julgado de imediato.
Protesto
A partir das 14h, os Policiais Civis do DF se reúnem para protestar contra a decisão. Haverá um ato simbólico, no qual atores interpretarão o Governo Federal sepultando a autonomia do Distrito Federal. "Foi o que ocorreu nesta decisão, em que o DF não teve a menor autonomia".
A manifestação ocorrerá em frente ao Ministério do Planejamento e toda a categoria foi convocada pelo SindePol.