Jornal Correio Braziliense

Cidades

Falta de ônibus nas ruas reflete negativamente no comércio do DF

A paralisação dos rodoviários tem prejudicado a população, as empresas e os comércios do Distrito Federal. Na segunda-feira (21/06), primeiro dia da greve, muitas pessoas tiveram problemas para chegar até o trabalho. Alguns optaram por veículos piratas ou caronas, mas outros não conseguiram nenhum dos dois e faltaram o serviço.

Foi o caso da lanchonete Zimbrus, localizada na 305 sul, que ficou com menos 12 empregados nesta segunda-feira. Por esse motivo, os serviços de tele-entrega não foram feitos. De acordo com o gerente do estabelecimento, Antônio da Silva Santos, o prejuízo foi grande. "Em média lucramos com esse serviço R$ 2 mil, por dia", diz o gerente.

A solução nesta terça-feira foi trabalhar com menos pessoas. "Alguns dos nossos funcionários tiveram que dobrar e estamos funcionando com redução de pessoal", explica Antônio.

Problemas
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), Antonio Augusto Moraes, destaca que além de possíveis demissões devido à greve, as empresas também sofrem prejuízos. "Infelizmente isso vem trazendo um certa dificuldade para o comércio, pode até resultar em um índice menor de crescimento em relação ao ano passado, já que as lojas estão abrindo mais tarde e até com déficit de funcionários", comenta.

Antonio afirma que esse fato trará custo alto aos comerciantes. "Muitas lojas não estão abrindo e isso acaba prejudicando também os clientes", explica.

[SAIBAMAIS]Para amenizar a situação, segundo o presidente do Sindicato, algumas empresas estão providenciando transporte para buscar e levar os funcionários. "Alguns têm oferecido ônibus. Outros até têm dado aumento nos recursos, além do vale transporte, para que os servidores consigam chegar até os seus empregos", afirma.