postado em 23/06/2010 18:12
O brasiliense que procurou o metrô para se deslocar enfrentou uma espera de mais de uma hora na tarde desta quarta-feira (23/6). Alguns trens ficaram parados na estação e outros trafegaram em baixa velocidade devido à queda na rede de transmissão de dados.O problema ocasionou uma sobrecarga no ramal Samambaia e Ceilândia, entre 16h15 e 17h30. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô-DF, não havia passageiros nos vagões parados, contudo, as estações ficaram cheias com o problema.
Ainda segundo a assessoria, os trens já estão operando normalmente. Com a paralisação geral dos rodoviários desde a segunda-feira (21), a demanda pelo metrô aumentou cerca de 40%.
Explicação
Segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários, Renato Mourão, a medida de diminuir e parar a velocidade dos trens tinha um motivo: "evitar que houvesse choque entre os veículos". Em horário de pico, o intervalo entre um trem e outro é de cinco minutos nas malhas ferroviárias. "Houve uma pane no painel de controle. O dano no equipamento impede que o controlador enxergue as locomotivas. Eles tiveram de reduzir a velocidade de 80Km/h (a normal) para 20Km/h porque se não fizesse isso, podia haver choque", afirmou Morão. "Isso vem ocorrendo com frequência", assegura ele.
Tumulto
A demora na chegada do Metrô provocou tumulto de passageiros na Estação Central da Rodoviária do Plano Piloto. Os passageiros esperaram até um hora para pegar o transporte. Houve gritaria e muita reclação. "Alexsandra Almeida, 33 anos, desistiu depois de esperar 40 minutos. "Vou esperar meu namorado na rodoviária. Isso é uma falta de respeito", lamentou.
O estudante Alfredo Júnior Silva de Souza, 18 anos, que tentava chegar na estação de Taguatinga Sul, também foi prejudicado. "Assim que chegamos na estação Furnas, a luz acabou. Ficamos esperando muito tempo e quando o trem saiu, ele estava muito lento", relata.
A Assessoria de Imprensa do Metrô-DF afirmou que não houve passageiro preso nos vagões e que os trens tivessem parados no meio do caminho. O órgão também rechaça a informação do Sindmetrô de que o problema vem sendo frequente. Mas confirma os atendimentos médicos ao usuários.