Cidades

Roriz não teme a Ficha Limpa

Juliana Boechat
postado em 06/07/2010 07:00
A menos de seis horas do fim do prazo de registro das candidaturas para as eleições de outubro, a chapa do candidato a governador Joaquim Roriz (PSC) fechou os nomes que concorrerão aos cargos públicos em outubro próximo. A dúvida girava em torno das vagas de suplente de senador. Mas prevaleceu a vontade de Roriz. O PSDB apoiava Márcio Machado, presidente do partido, e Antônio Barbosa, da executiva tucana, para a suplência da candidata ao Senado Maria de Lourdes Abadia (PSDB). Osório Adriano (DEM) e Pastor Egmar (PTdoB), no entanto, ganharam o direito de representar a legenda no pleito. O suplente do candidato à segunda vaga ao Senado pela coligação, deputado federal Alberto Fraga (DEM), segundo a vontade da cúpula do PSDB, seria o dono da empresa de materiais de construção Cimfel, João Batista Machado (PMN). Mas os substitutos dele serão Ana Kubitschek (DEM) e Paco Britto (PTdoB).

A escolha dos nomes foi consolidada em um almoço realizado ontem à tarde, na casa de Joaquim Roriz. Abadia, Fraga e deputados distritais de ambos os partidos participaram do encontro, que durou mais de duas horas. Insatisfeito com a situação, um político tucano chegou a ir à reunião disposto a brigar. Mas depois de conversar com o candidato a governador e tirar foto ao lado dele, amenizou o tom. ;Acabaram as brigas. O governador impôs a vontade dele e todos aceitaram;, disse, ao sair da casa. Durante o resto da tarde, os candidatos ao governo pela coligação PSC, PSDB e DEM prepararam a documentação para o registro. Por volta das 18h30, Roriz, Abadia e Fraga chegaram em carros separados ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).

Retroatividade
Roriz disse estar confiante com a campanha eleitoral. ;Entrei na disputa para ganhar. Não teremos mais vergonha de ter uma placa de Brasília em nossos carros;, declarou, logo na entrada. Questionado sobre a possível impugnação da candidatura em razão da Lei da Ficha Limpa, o candidato ao governo afirmou não temer a perda do direito de disputar o pleito. Os advogados do partido deverão se apoiar principalmente no argumento da retroatividade. A nova lei afirma que estão inelegíveis os candidatos que, no passado, renunciaram a um cargo eletivo para escapar de processo de cassação.

Segundo a assessoria de imprensa de Roriz, quando o parlamentar abriu mão de ser senador, em 2007, não havia normas de punição para a renúncia. À época foi protocolada uma representação contra o então senador por conta da revelação de conversas na qual ele discutia a partilha de um cheque de R$ 2,2 milhões com o então presidente do BRB, Tarcísio Franklim de Moura.

Hoje, Roriz se reunirá com os companheiros de chapa para tirar as fotos oficiais de campanha. A disputa nas ruas deve começar a partir desta próxima quinta-feira.

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