Jornal Correio Braziliense

Cidades

Empresários pedem ao governador Rosso prazo maior para adequar alvarás provisórios

Em reunião na casa do governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, no Lago Sul, empresários pediram mais tempo para adequar o alvará de funcionamento dos locais que ainda possuem o precário, considerado inconstitucional pelo Ministério Público. Ao todo, a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) já interditou 80 estabelecimentos considerados de risco por ainda funcionar sem a documentação correta.

Na ocasião, os representantes do setor produtivo pediram o prazo de um ano para se adequar. Além disso, reinvidicam que as adminstrações regionais concedam as permissões de forma única, já que, segundo eles, há locais mais exigentes que outros.

[SAIBAMAIS]Ficou acertado que uma nova reunião será marcada entre os empresários, governo e Ministério Público para chegar à um acordo sobre o Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC). De acordo com o secretário de governo, Geraldo Lourenço, a Agefis continuará atuando, já que cumpre determinação judicial, e portanto, vai interditar os locais de risco, como cinemas, bares e restaurantes.

Participaram da reunião o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do DF, Renato Simplício; o presidente do Fecomércio, Miguel Setembrino; o representante da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), José Pires; a presidente da Associação Comercial do DF (ACDF), Danielle Moreira; o representante da Fibra, Adonias Santiago e o representante da Federação das Ações Comerciais e Industrias do DF, José Sobrinho.

Entenda o caso

Em 23 de dezembro do ano passado, o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, sancionou a Lei distrital n; 4 .457, que altera a forma de autorizar o funcionamento de estabelecimentos comerciais no Distrito Federal. A nova lei permite, por exemplo, que a renovação do alvará de funcionamento seja feita a partir da apresentação de um laudo técnico que atesta as condições regulares do comércio, a cada cinco anos.

A determinação só foi possível após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios considerar a antiga lei inconstitucional. Em 13 de maio deste ano, o governo editou a Portaria n; 22, determinando a revogação dos alvarás precários dos estabelecimentos comerciais. Os fiscais que não lacrarem os estabelecimentos considerados de risco envolvidos no decreto podem ser punidos civil e criminalmente.