postado em 12/07/2010 08:19
Com três meses de atraso, a família do pedreiro Ademar Jesus da Silva, 40 anos, acusado de assassinar sete jovens em Luziânia ; município goiano distante 66km de Brasília ; sepultou o corpo dele, na última sexta-feira, no Cemitério Público Vale da Paz, em Goiânia. Ademar Jesus foi encontrado morto numa cela da Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc), na capital goiana, em 18 de abril, uma semana após ser preso sob acusação de assassinar e abusar sexualmente de seis dos sete jovens desaparecidos em Luziânia. O Instituto de Medicina Legal (IML) de Goiânia liberou o corpo para os familiares na última quinta-feira.Os laudos das investigações da Corregedoria da Polícia Civil de Goiás apontaram que o pedreiro cometeu suicídio na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), considerada a mais segura do estado. Policiais encontraram o pedreiro sentado e com os pés apoiados no chão, posição que reforça o que chamam de suicídio de enforcamento incompleto. Quando isso acontece, a pessoa perde a consciência e o corpo desaba, levando-a à morte.
Ademar teria usado uma corda feita com pedaços do tecido que envolvia o colchonete em que ele dormia na cadeia. O resultado dos exames à época mostrou que o pedreiro morreu por asfixia provocada por enforcamento. O sangue encontrado na camiseta dele reforçava a tese apresentada pelo corregedor Sidney Costa de Souza. Os laudos cadavéricos e toxicológicos; e depoimentos de presos de celas vizinhas e da delegada responsável pela Denarc, Renata Cheim, também não apontaram indícios de homicídio.
Ademar é assassino confesso de Diego Alves, 13 anos, Paulo Victor Vieira Lima, 16, George Rabelo dos Santos, 17, Divino Luiz Lopes da Silva, 16, Flávio Augusto Fernandes dos Santos, 14, e Márcio Luiz Souza Lopes, 19. Mesmo depois de sua morte, policiais investigam a autoria dele no assassinato de Eric dos Santos, 15 anos, que também estava enterrado com os demais adolescentes. (NT)