Cidades

Indígenas se reúnem com senador Cristovam Buarque

Luiz Calcagno
postado em 12/07/2010 11:49
Os indígenas que permanecem na Esplanada dos Ministérios se reuniram, nesta manhã de segunda-feira (12/7), com o senador Cristovam Buarque. O encontro era para discutir a ação dos policiais, já que, segundo os índios, houve abuso de poder durante uma operação, no sábado (10/7), em que foram retiradas as barracas do local.

Durante o encontro, o senador teria dito que vai estudar o decreto, que fecha 340 postos e 42 administrações da Fundação Nacional do Índio (Funai), para propor uma reforma ou uma revogação.

Mais cedo, os indígenas aguardavam o senador Eduardo Suplicy, havia sido escolhido para discutir o tema por fazer uma agenda de discussões sobre o assunto.No entanto, segundo a assessoria de imprensa do senador, ele não irá ao Congresso hoje. Os funcionários de Suplicy informaram aos manifestantes que, nesta terça (13/7), por volta de 13h30, seria um horário propício para o encontro, mas o senador ainda não foi informado sobre a reunião.

Por volta de 11h10, um ônibus com cerca de 40 indígenas chegou ao local do acampamento. Eles são da tribo Guajajara e vieram do Maranhão para prestar apoio ao movimento. Ao longo do dia está prevista uma reunião na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Reivindicações
O acampamento, que começou em janeiro, é uma manifestação para pedir revogação do Decreto Presidencial 7.056/09, que extingue 42 administrações regionais e 400 postos indígenas, além de substituir antigos servidores da Funai. Os índios pedem, ainda, a destituição do cargo do presidente da Funai, Márcio Meira.

Operação
Por volta de 5h de sábado, policiais militares e soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope) promoveram a desocupação de cerca de 100 índios. Na prática, barracas e pertences foram recolhidos pela polícia, mas alguns manifestantes permaneceram no local. A corporação afirma que não pode proibi-los de ficar no canteiro central da Esplanada, mas eles não têm permissão de montar novas barracas ou outro tipo de construção.

Os manifestantes ainda devem ir ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) para reaver os pertences que foram confiscados na operação.

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