Cidades

Operação Cástula apreende duas quadrilhas especializadas em clonagem de cheques no DF e entorno

A clonagem era feita nas residências dos integrantes das quadrilhas. Foram apreendidos mais de 2 mil folhas de cheques

postado em 12/07/2010 18:25
A Delegacia de Falsificações e Defraudações (DEF) deflagrou a Operação Cástula e prendeu, na manhã desta segunda-feira (12/7), 13 integrantes de duas quadrilhas especializadas em clonagem de cheques. Foram apreendidos mais de 2 mil cheques falsificados.

As prisões ocorreram em Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Planaltina de Goiás - cidade a 56km de Brasília - e Goiânia (GO). A polícia desconfia que as quadrilhas agiam há pelo menos dois anos. Eles eram investigados desde dezembro de 2009.

Os homens pegavam folhas de cheques em branco, usavam dados de correntistas, falsificavam assinaturas e compensavam os cheques. A polícia trabalha com várias hipóteses: as quadrilhas podem ter roubado malotes com cheques e caixas-fortes, ou pessoas que trabalham dentro dos bancos poderiam passar informações dos correntistas. A polícia continuará investigando o caso.

As quadrilhas ainda conseguiam cheques compensados, alteravam o número das folhas e carimbavam como não compensados, para que fossem depositados novamente. Algumas contas utilizadas eram de pessoas que já haviam falecido.

Prisão
Amim Ramiro da Silva, 52 anos, e Aminto Ramiro da Silva, 37, eram os líderes de uma das quadrilhas. Foram presos também Evaldo Brandão de Araújo, 43; Luidd da Silva Mendes, 32; José Honorato de Almeida, 46; Diego Machado de Lima Rodrigues, 23; Luciano Bento de Castro Neto, 37; Edwilson Barbosa Assunção, 36; Leonardo de Oliveira Souza, 35; e Manoel Liotério de Melo, 34. Há mais três mandados de prisão contra a quadrilha que ainda não foram cumpridos.

Do outro grupo, foram detidos Ivan Soares de Souza, 36 anos; Eliote Musskopf, 54; e Evandro Antonio Musskopf, 41. Mas, ainda faltam 10 mandados a serem cumpridos. A polícia apreendeu mais de dois mil cheques, um revólver calibre.38, computadores e impressoras.

Segundo a delegada-chefe, da DEF, Ivone Rosseto, este tipo de crime aumentou consideravelmente. "Os valores dos cheques apreendidos variam de R$ 500 a R$ 50 mil", disse a delegada. Todos os 13 homens foram presos em casa.

Os integrantes das quadrilhas trabalhavam em comércios e sempre tinham contato com cheques. Eles foram autuados por formação de quadrilha e estelionato. Se condenados, podem pegar de dois a oito anos de prisão.

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