Cidades

Polícia de Luziânia apresenta acusado de matar servidora do CNPq

Naira Trindade
postado em 14/07/2010 19:21
Elzamir: assassinada após ser vítima de estelionatoO acusado de matar a servidora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Elzamir Gonzaga Silva, 44 anos, em 2 de junho, foi apresentado pela Polícia Civil de Luziânia nesta quarta-feira (14/7). O morador do Guará Clildomar Washington Coutinho Ferreira, 30, teria matado a vítima com um tiro na cabeça, às margens da BR-040, a mais de 70km da casa dela, na 713 Norte.

De acordo com a titular Dilamar Aparecida de Castro Souza, da Delegacia da Mulher e do Adolescente de Luziânia, Elzamir foi vítima de estelionato e acabou assassinada. Ela precisava de R$ 14 mil para pagar uma dívida contraída ao ser a fiadora do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) de uma aluna de pedagogia, que deixou de depositar o dinheiro. Segundo a delegada, por meio de um amigo ; que não tem relação com o crime ; ela chegou até o corretor Clildomar para conseguir um crédito consignado.

[SAIBAMAIS]Segundo a delegada, o acusado depositou mais de R$ 80 mil na conta da servidora, que, ao percerber a quantia elevada, entrou em contato com Clildomar. "Ele disse que, por engano, depositou na conta dela o valor do empréstimo de um outro cliente e o dela na conta dessa pessoa. Passou o número da conta do cliente, que seria do próprio Clildomar, para Elzamir fazer o depósito dos R$ 80 mil e garantiu que a pessoa depositaria na conta dela os R$ 14 mil", explica.

De acordo com a delegada, o acusado afirmou que a servidora não desconfiou da golpe, já que o conhecia pelo nome de Washington e a conta estava no nome de Clildomar. Passados alguns dias, já em Belém, Elzamir percebeu que o depósito dos R$ 14 mil não havia sido efetuado. Quando retornou, procurou pelo corretor e pediu a cópia do contrato.

No dia em que a servidora desapareceu, os dois tinham combinado um encontro para Clildomar entregar o documento. "A partir daí, ele nega tudo e diz que não matou a servidora", afirma a delegada. "Contudo, através da quebra de sigilo bancário, do circuito interno do CNPq e da queda de todos os álibis apresentados, concluímos que ele seja o autor do homicídio." Se condenado por homicídio qualificado, Clildomar pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação