Cidades

Comércio e serviços abrem vagas

No primeiro semestre deste ano, o Distrito Federal bateu recorde na geração de empregos formais, com a criação de 20.583 postos com carteira assinada

postado em 21/07/2010 07:00
O mercado de trabalho do Distrito Federal continua em alta. No primeiro semestre deste ano, houve recorde na geração de vagas com carteira assinada. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, foram abertos 20.583 postos formais de janeiro a junho, o melhor desempenho da série histórica do Caged, iniciada em 1992. Os segmentos de serviços, comércio e indústria puxaram o resultado positivo. O setor da construção civil, que vive um momento de expansão, também teve bom desempenho.

As atividades econômicas que mais se expandiram no DF foram o setor de serviços, que abriu vagas para 15.510 brasilienses, e o comércio, com 2.491 empregos. A surpresa ficou por conta da indústria, que apesar de ter pouca representatividade na economia do Distrito Federal, foi a terceira maior geradora de vagas com carteira assinada: 1. 265 novos postos no primeiro semestre. O quarto lugar ficou com a construção civil, com 583 vagas.

Para o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioconômicos (Dieese) Tiago Oliveira, a recuperação do mercado de trabalho confirma que, assim como a economia nacional, o setor produtivo do DF já superou a crise financeira de 2008. ;Dados como esse do crescimento da indústria da transformação no DF sinalizam uma retomada das vagas de trabalho perdidas no ano passado. Esse segmento teve um enxugamento muito grande de postos por causa da crise;, analisa. Ele diz que os números mostram ainda que o setor privado de Brasília e região está sendo beneficiado pelo aquecimento econômico registrado em 2010. ;Algumas instituições estão projetando um crescimento acima de 7%.;

O economista afirma que os postos gerados no setor de serviços e no comércio confirmam as duas atividades como principais sustentáculos da economia local. ;No longo prazo, comércio e serviços sempre tiveram um dinamismo particular no DF, com a demanda sustentada pelo setor público. Ou de forma direta, por meio de contratos com órgãos públicos, ou indireta, por meio do consumo de funcionários com renda elevada;, explica.

Setores fortes
Em seu sétimo dia de trabalho como funcionária de um posto de gasolina, a frentista Regina Aparecida Ramos Lima, 28 anos, conta que, desde que terminou o ensino médio, sempre alternou empregos no setor de serviços ou no comércio. ;Já fui frentista de outro posto, arquivista, secretária, auxiliar de serviços gerais. Acho que tem muitas oportunidades nessas áreas aqui em Brasília;, afirma.

Atualmente recepcionista de um salão de beleza, Inácia Laurindo Barbosa, 25 anos, que também possui formação até o ensino médio, vivencia a mesma situação. Hoje funcionária de um estabelecimento do setor de serviços, ela também já atuou no comércio. ;Antes de trabalhar aqui, era caixa de uma loja de artigos para bebê. Também já fui vendedora em loja de roupas;, relata.

No primeiro semestre deste ano, o Distrito Federal bateu recorde na geração de empregos formais, com a criação de 20.583 postos com carteira assinada

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