O Tribunal do Júri de Taguatinga condenou, nesta terça-feira (20/7), o homem que matava suas vítimas inspirados no seriado americano de televisão Dexter. A condenação de Sérgio Alexandre Dias Casadio é referente ao assassinato de Rízia Rejane de Oliveira Alves, com quem mantinha um relacionamento amoroso.
O crime aconteceu no interior da casa da vítima, em Vicente Pires, no dia 2 de janeiro de 2009. Segundo divulgado no processo, Sérgio golpeou a namorada na cabeça com um pedaço de mármore enquanto ela assistia à televisão. Novamente, golpeou Rízia na cabeça com um vaso ornamental, e, por fim, estrangulou-a com um pedaço de arame. A namorada teria fugido com R$ 30 mil resultado da venda de um terreno.
Sérgio deverá cumprir uma pena de 21 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pela prática de homicídio duplamento qualificado e pela ocultação do corpo. De acordo com o Tribunal, a decisão ainda cabe recurso, mas Sérgio não poderá recorrer em liberdade.
Ele também é acusado por outros outros homicídios, como o de Carlito Campinho Santos, 21 anos. Sérgio Alexandre foi condenado, no ano passado, pela Vara Criminal e de Delitos de Trânsito de Sobradinho, a 28 anos de prisão pelo sequestro e assassinato do jovem, ocorrido em dezembro de 2008. O advogado de defesa do réu, Sérgio Antonino Fonseca, recorreu da decisão e conseguiu a redução da pena para 24 anos. Ao recorrer, o tribunal o absolveu da acusação de ocultação de cadáver.
Ele é acusado, também, de matar Orly Barbosa de Alencar, 35. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), corre ainda um outro processo na Terceira Vara Criminal de Taguatinga, contra o acusado, referente a um sequestro. No entanto, eles não souberam informar se seria o mesmo caso.
Memória
Sérgio Alexander Dias Casadio foi apresentado pela polícia em 31 de março de 2009 sob a acusação de matar três pessoas, entre elas, a namorada de 34 anos. As vítimas eram estranguladas e depois de mortas, o acusado colocava fogo nos corpos. Além disso, ele alterava os locais dos crimes, limpando com produtos que dificultam a aparição do sangue e queimava as roupas, inspirado no personagem Dexter.
A primeira vítima foi descoberta durante investigações na casa de Sérgio em Águas Lindas. No local foram encontrados documentos de Orly Barbosa de Alencar, 35 anos. Em novembro de 2008, Sérgio simulou uma venda de carro para a vítima e ao chegar ao local, pediu para ver o dinheiro. A vítima foi morta com uma paulada na cabeça e teve o corpo queimado. Sérgio levou os restos mortais de Orly para um matagal próximo a Cocalzinho (GO).
De acordo com depoimento de Sérgio na época, a segunda vítima, Carlito Sobrinho, foi morta com a ajuda de um policial militar e da namorada Rízia. Sérgio pegou um carro e simulou uma colisão com Carlito em Sobradinho. Ao sair do veículo para verificar o acidente, a vítima foi algemada e colocada no banco de trás de Sérgio. A vítima foi estrangulada e teve o corpo jogado no Rio Corumbá.