postado em 27/07/2010 12:09
A Universidade de Brasília (UnB) sofre, desde março, as consequências da greve dos funcionários técnico-administrativos. Devido à paralisação, serviços simples, como a retirada de materiais e equipamentos do almoxarifado da Universidade, se tornaram uma tarefa difícil. "Tudo que tem a ver com as atividades administrativas está prejudicado", afirma o prefeito do campus, Paulo César Marques.O prefeito informa que papel, água, materiais de construção e até os novos equipamentos estão retidos no almoxarifado. De acordo com Paulo, tudo o que foi comprado recentemente não está sendo distribuído para a UnB. "O controle da garagem pelo Comando de Greve é muito rigído. O próprio acesso não é permitido, a não ser em situações muito específicas", explica. Ele afirma que, por exemplo, há vários galões de água estocados no depósito. "Não conseguimos fazer a distribuição. Mas quando estamos em um carro particular, eles abrem o portão", diz.
Paulo classifica a situação como muito precária: "É uma condição que a UnB assumiu com a greve dos servidores. A Universidade decidiu retomar as atividades acadêmicas, mesmo sabendo o que íamos enfrentar. Não há greve que não tenha um prejuízo".
Ele explica ainda que a mão de obra também ficou prejudicada. "Às vezes materiais específicos para pesquisa são entregues direto no laboratório, só que na hora de instalar depende de materiais elétricos, que estão no depósito. Por causa da greve não é feita a instalação", afirma.
Greve dos Servidores
A categoria está reunida, nesta manhã de terça-feira (27/7) na Praça Chico Mendes, para discutir os rumos da paralisação. O prefeito do campus da UnB afirma que a esperança pelo fim da greve é renovada a cada nova semana. "A expectativa é de que se resolva logo", diz.