postado em 01/08/2010 08:25
A disputa pelo Governo do Distrito Federal começou cedo ontem em Taguatinga. Às 5h30, o candidato Agnelo Queiroz (PT) já estava na cidade para dar entrevista a uma rádio comunitária. De lá, ele seguiu para a Asa Sul, onde participou de um congresso de funcionários do Banco Regional de Brasília (BRB). Na ocasião, Agnelo prometeu a representantes do Sindicato dos Bancários o fortalecimento do BRB não só para o DF , mas também para toda a região próxima. "Trata-se de uma instituição poderosa para o desenvolvimento econômico do DF, que passou por uma tentativa de privatização que a vulnerabilizou bastante", considerou o candidato. Em contrapartida, os sindicalistas apresentaram propostas a serem incorporadas ao plano de governo do candidato e afirmaram que iriam avaliar a possibilidade de um apoio aberto a Agnelo por parte da categoria.
Às 12h, o candidato chegou a Ceilândia Sul, onde inaugurou um comitê. No final da tarde, outro centro para organização da campanha também foi aberto. Para essa segunda solenidade ele contou com o reforço do vice, Tadeu Filipelli (PMDB), dos candidatos ao Senado Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), do candidato a deputado distrital Chico Vigilante (PT) e também do petista Geraldo Magela, que concorre a uma vaga para deputado federal.
Força de Ceilândia
Os membros da coligação discursaram e pediram votos para o candidato da legenda. "Ceilândia é uma cidade que conta com um eleitorado muito importante, além de ser um local com grande força econômica. Queremos incrementar esse potencial produtivo da cidade, promovendo uma expansão", afirmou Agnelo. O candidato Geraldo Magela aproveitou a ocasião para pedir votos para Vigilante. "Esse comitê que estamos inaugurando é um sinal de resistência. Queremos eleger um ceilandense para a Câmara Legislativa", discursou. Um pouco antes, também em clima de campanha, Filipelli já havia inaugurado um fórum comunitário no condomínio Sol Nascente.
Com a população local, Agnelo almoçou em um restaurante na Expansão do Setor "O", onde aproveitou para fazer um corpo a corpo com funcionários e clientes dos estabelecimentos comerciais na avenida principal. Acompanhado em parte do percurso pelo vice, o candidato ainda foi surpreendido por eleitores que não sabiam da união entre o PT e o PMDB. "Jurava que o Filipelli ainda estava com o Roriz. É bom eles virem aqui que a gente entende melhor", considerou o vendedor de verduras da região Osvaldo Saturnino, 56 anos. Aos moradores da cidade o candidato ao Buriti prometeu mudanças principalmente nas áreas da saúde e da segurança. Além disso, antes de deixar o local, ele ainda se reuniu com um pároco e com lideranças da cidade e cumpriu dois outros compromissos de campanha.
Fogos
Já a agenda do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) estava mais calma. Um desentendimento com o até ontem apoiador Alberto Fraga (DEM) - que luta por uma cadeira no Senado Federal - acabou cancelando a primeira atividade, que era justamente a inauguração de um comitê do democrata no Recanto das Emas, marcada para às 18h. O último compromisso também aconteceu na cidade, onde 5 mil pessoas se reuniram para prestigiar um comício de Roriz, que chegou ao local com mais de uma hora de atraso e foi recebido com uma grande queima de fogos de artifício. Passava das 20h, quando ele saudou os eleitores. "Não há nada mais bonito do que estar no meio do povo e ouvir esses fogos. Estou muito feliz de estar aqui."