postado em 02/08/2010 08:09
Brasilienses, estrangeiros e turistas dos mais variados estados brasileiros estiveram durante a tarde de ontem na Praça dos Três Poderes para acompanhar a solenidade militar de substituição da bandeira nacional. Essa foi a primeira troca do símbolo após a reforma da praça, a qual ainda não está completamente concluída. A tradicional cerimônia costuma ocorrer todo primeiro domingo do mês, sob coordenação alternada das três forças militares ; Exército, Marinha e Aeronáutica ; e do Governo do Distrito Federal. Dessa vez a responsabilidade foi da Marinha , que levou para se apresentar em um dos cartões postais da cidade a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais.A cerimônia, que teve início pontualmente às 16h30, causou um extenso congestionamento de veículos próximo ao Congresso Nacional. Nada que desanimasse as irmãs cariocas, Adriana Rosa Moreira, 29 anos, e Fabiana, 33, que visitavam a Capital Federal pela primeira vez. ;Estacionamos o carro lá em cima e descemos correndo, não podíamos perder. Esse é um tipo de turismo cívico que nunca vi em outro lugar, só aqui;, disse Adriana. A cerimônia contou também com acrobacias do Batalhão da Guarda Presidencial. ;Lindo, tudo tão bem ensaiado. Fiquei admirada;, encantou-se Fabiana.
Durante a execução dos hinos da Bandeira, da Independência e do Brasil, o pequeno Arthur Luís de Lima Filho era uma das crianças presentes à cerimônia que não desviava os olhos da bandeira. Acompanhado da mãe Emanuele Lima, 31 anos, e do pai, o major do Exército Arthur Luís de Lima, 37, ele assistiu à substituição pela primeira vez. Tímido, Arthur afirmou ter aprovado o passeio. ;Achei bem legal;, disse.
Enquanto isso, Júlia Vieira, quatro anos, tentava entender, no colo da mãe, Almerinda Vieira, 35 anos, o que acontecia. ;Não sei se ela está acompanhando tudo, mas está gostando;, divertia-se a mãe. Jogando milho aos pombos, logo a criança passou a aproveitar ainda mais o passeio. ;Acho importante acostumá-la desde pequena com esse tipo de programação cívica, será importante para a formação dela;, considerou o pai de Júlia, Fabiano Silvério, 45.
Com uma câmera nas mãos, o engenheiro civil Elimar Pinheiro, 48 anos, um frequentador antigo da cidade, fez questão de registrar tudo. Ele mora no Rio de Janeiro mas vem regularmente a Brasília para trabalhar. ;Fiquei 20 anos sem vir aqui, mas nos últimos dois tenho visitado a cidade a trabalho. Nunca tinha assistido à cerimônia, por isso quis vir conhecer;, explicou. Após a tradicional salva de tiros de canhão, a nova bandeira, de 186 metros quadrados, foi hasteada e passou a fazer parte do cenário ensolarado de fim de tarde na capital.
Monumento
O mastro da bandeira é formado por 24 hastes metálicas, reformadas em outubro de 2009. A bandeira fica a 100 metros do chão e foi construída como símbolo do diálogo entre as unidades da Federação e os Três Poderes da República. O monumento em aço, de autoria do arquiteto Sérgio Bernardes, é considerado o maior do gênero no mundo.