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Justiça Eleitoral divulga hoje o balanço parcial dos gastos declarados pelas coligações

No Distrito Federal, os concorrentes ao Buriti arrecadaram R$ 1 milhão no primeiro mês de campanha e gastaram R$ 800 mil. Roriz foi o que teve a maior despesa %u2014 R$ 635 mil

postado em 06/08/2010 07:56
O primeiro mês de campanha para governador do Distrito Federal movimentou pelo menos R$ 1 milhão, segundo os próprios candidatos. Desse total, R$ 800 mil já foram gastos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga hoje o primeiro balanço das prestações parciais de contas dos concorrentes. A coligação que mais arrecadou foi a Esperança Renovada, de Joaquim Roriz (PSC), com R$ 778 mil de receita. Do outro lado da planilha estão o PCO e o PCB, com os caixas zerados. As legendas ainda não começaram a captar recursos para a campanha de Ricardo Machado (PCO) e Frank Svensson (PCB), respectivamente.

No Distrito Federal, os concorrentes ao Buriti arrecadaram R$ 1 milhão no primeiro mês de campanha e gastaram R$ 800 mil. Roriz foi o que teve a maior despesa %u2014 R$ 635 milCampeão de arrecadação, Roriz tenta registrar a candidatura na Justiça Eleitoral. O ex-governador foi impugnado no TRE-DF pela Lei da Ficha Limpa e é apontado como uma das principais forças na corrida ao Palácio do Buriti. A esperança dos concorrentes é do indeferimento do registro abalar a campanha de Roriz e dos recursos começarem a sobrar para as outras campanhas. O PSol declarou o recebimento de apenas R$ 300, contra a despesa de R$ 3.200 para a produção de um jornal para a campanha de Toninho, com tiragem de 50 mil unidades e cheque para ser descontado em 30 dias. O saldo negativo aparecerá na divulgação das prestações de contas.

Segundo o tesoureiro do PSol, Carlos Mauro Antunes, esse cenário deve mudar com o veto à candidatura de Roriz no TRE. ;As pessoas passarão a analisar melhor a situação política e a apoiar os outros candidatos; disse. Ele também aposta na virada do mês e no pagamento dos salários para movimentar as doações de pessoas físicas para Toninho. ;Vamos promover uma ação mais coordenada para procurar os servidores públicos, os professores, os médicos, além dos pequenos empresários.;

Para Antunes, a nova legislação complicou a arrecadação, por exigir doações por meio de depósitos bancários identificados. ;Imagine fazer as pessoas entrarem na fila de banco para doar R$ 20. Não faz sentido;, afirma o tesoureiro. Além disso, ele acredita que a descrença na política ocasionada pelos casos de corrupção afeta todos os candidatos. ;A lama dos outros acaba respingando na imagem de quem não tem nada a ver com a história;, lamenta.

O PCO também enfrenta problema na Justiça Eleitoral. A legislação exige o registro do livro ata antes da convenção, com a formação de um diretório regional. O partido não conseguiu cumprir as exigências e acabou com todas as candidaturas no DF indeferidas, inclusive a do postulante ao governo, Ricardo Machado. A sigla entrou com recurso contra a decisão e garante ter os atos partidários regulares e aprovados em convenção regional. Mesmo assim, Machado continua em campanha ; assim como Roriz ;, uma vez que a lei autoriza os candidatos a pedirem votos enquanto houver recurso a ser julgado. Os dirigentes do PCO afirmam não ter iniciado a arrecadação financeira, que será feita por meio de contribuições dos próprios trabalhadores.

Limites
A segunda campanha no volume de recursos é a da coligação Novo Caminho. Em julho, foram arrecadados R$ 150 mil para tentar eleger Agnelo Queiroz (PT). O valor é considerado baixo, em comparação com a do principal adversário, mas segundo o contador da chapa, Kurt Pessek, essa declaração reflete só o início da campanha. ;As próximas prestações (em 3 de setembro e 2 de novembro) vão mostrar melhor a realidade;, disse.

A candidatura de Agnelo tem a maior estimativa de gastos: R$ 35 milhões. Segundo a coordenação da campanha, optou-se por estimar um valor alto e gastar menos do que fazer uma previsão baixa e ter de corrigi-la no decurso da corrida. O mesmo fez Toninho do PSol, que tem previsão oficial de R$ 950 mil, mas pretende gastar quatro vezes menos. Para alterar o limite de gastos é preciso apresentar à Justiça Eleitoral uma solicitação justificada, com apresentação de argumentos que comprovem a necessidade da mudança.

O nome do Partido Verde (PV) na disputa pelo governo, Eduardo Brandão, tem a terceira maior arrecadação, R$ 82,4 mil. As despesas pagas somam R$ 11.423, referente a aluguel do comitê e de equipamentos. ;Não temos grandes financiadores e nem queremos ter esse tipo de comprometimento;, afirma Brandão. O teto da campanha é de R$ 20 milhões, mas o candidato afirma não representar a expectativa real de captação.

"As próximas prestações (em 3 de setembro e 2 de novembro) vão mostrar melhor a realidade"
Kurt Pessek, contador da chapa encabeçada por Agnelo


Dinheiro em caixa
Toninho do PSol informa que gastou apenas R$ 3,2 mil neste primeiro mês de campanha, bem menos que os adversários do PT e do PSC

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