Cidades

Redução em horário de atendimento em posto de saúde revolta moradores da Estrutural

postado em 06/08/2010 19:01

Após reunião com líderes comunitários da Cidade Estrutural, nesta sexta-feira (6/8), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal estabeleceu novo horário de funcionamento para o posto de saúde local. A novidade não agradou aos moradores.

De acordo com a secretária de Saúde, Fabíola de Aguiar Nunes, o pronto-atendimento, que era realizado 24 horas, passa a ser de 18h às 22h. Das 7h às 18h, só serão atendidos pacientes com consulta marcada. Além disso, nos fins de semana e feriados, não haverá plantão - apenas uma ambulância estará disponível para levar o paciente ao Hospital Regional do Guará.

O novo horário será implantado a partir da próxima terça (10/8). Ainda segundo a secretária, uma análise da equipe de estatística, que constatou uma média de 30 pacientes emergenciais por mês, motivou a mudança. "São poucos pacientes. Não é necessário que haja médicos de plantão para isso", explica.

Ela conta, também, que é grande a falta de médicos na Estrutural. "Muitos pediram demissão. A maioria que ir para o Plano Piloto". Fabíola salienta que 100% da região, que tem cerca de 35 mil habitantes, tem cobertura do programa saúde da família - responsável por prevenção de doenças - e isso é outro fator que viabiliza a modificação. O paciente que for levado ao Guará, poderá dormir no hospital e receberá alimentação até ser possível que volte para casa.

O administrador da Estrutural, Maurizon Alves, acredita que o novo horário causará danos à população. "Como pessoa eu acredito que a cidade foi prejudicada mais uma vez, o ideal é que o posto funcionasse 24 horas". No entanto, ele conta que foi uma medida intermediária. "É a solução que temos agora. Há carência de profissionais e, como estamos em época eleitoral, não há contratações e a carga horária do profissional não pode ser estendida", destaca.

Pacientes
Maria Longar Silva, 63 anos, é moradora da Estrutural e costuma se consultar no posto. Em relação ao novo horário, ela se diz revoltada. "Se for para mudar, tem que ser para melhor". A dona de casa já foi encaminhada ao hospital do Guará e conta que não conseguiu leito.

"Sendo 24 horas a gente não consegue ser atendido, imagina agora", reclama Gersina da Conceição, 53 anos, também paciente do posto. Kely Cristina, 32 anos, também está insatisfeita com o funcionamento da unidade. "Eu vim pegar material para fazer curativo no meu marido e não tem. Há cinco dias eu venho aqui e é a mesma coisa. Com esta mudança, vai piorar muito", desabafa.

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