Cidades

DCE do UniCeub registra queixa contra estudantes por suposta falsa denúncia

postado em 09/08/2010 15:12
O Diretório Central de Estudantes (DCE) do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) registrou queixa, no início da tarde desta segunda-feira (9/8), contra André Kerber, tesoureiro do diretório da instituição, e outros estudantes. O grupo os acusa de fazer denúncias falsas contra o presidente do DCE, Carlos Eduardo Peixoto Guimarães, conhecido como Kaká.

Na noite de domingo (8/8), André denunciou Kaká à 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) pelo arrombamento da sala do DCE no UniCeub. Segundo Jéssica Amaral de Oliveira, diretora de relações públicas do diretório, André teria entrado na instituição na manhã de domingo, usando um documento forjado, e trocado as fechaduras do local. Ele teria, ainda, levado cerca de R$ 800, referentes a inscrições de cursos oferecidos pelo DCE, que estavam guardados em um armário, além de um celular e documentos. Mais tarde, quando Kaká e outros membros foram até a sala, perceberam o que ocorreu. "Ele roubou o dinheiro das inscrições e está acusando o DCE de não prestar contas desse valor", afima Kaká.

De acordo com Kaká, o tesoureiro e o vice-presidente do DCE, Luis Henrique Prata, cortaram relações com o diretório no final de 2009 e tentavam, desde o ano passado, fazer uma movimentação para retirá-lo - que é candidato a deputado distrital pelo Partido Verde (PV) - do cargo de presidente. Ainda segundo Kaká, a motivação da intriga seria política, por André ser cunhado de um distrital. No entanto, segundo André Kerber, parte da diretoria do começou a fazer atividades paralelas após novembro de 2009, quando houve um saque no valor de R$ 9,9 mil da conta do DCE sem o conhecimento do tesoureiro. Um documento assinado pelo banco e entregue à reportagem do Correio confirma a movimentação. Kerber acredita que o montante seria usado para compra de camisetas, panfletos e materiais da campanha de Kaká.

[SAIBAMAIS]Uma assembleia realizada na semana passada teria afastado Kaká do cargo por denúncias de irregularidades na gestão. O DCE argumenta que para afastar o presidente do cargo é necessário recolher assinaturas de dois terços dos estudantes do UniCeub. "O documento que eles registraram em cartório dizendo ser da assembleia não tem validade legal. Há assinatura de apenas duas pessoas. Não houve reunião dos estudantes", diz Kaká. Por sua vez, André argumenta que a quantidade de dois terços dos alunos é necessária apenas para destituir a diretoria, e não para este caso, que é de afastamento por tempo indeterminado.

Representantes dos Centros Acadêmicos (CAs) da instituição também prestaram queixa na 2; Delegacia de Polícia, alegando que o tesoureiro e o vice-presidente do DCE entraram nos espaços. O diretório se reuniu com o reitor do Centro Universitário esta manhã para pedir a expulsão dos dois estudantes acusados.

O Centro Universitário de Brasília recebeu documentos de Kaká Guimarães e de André Kerber para análise. De acordo com Josaphá Francisco dos Santos, assessor jurídico da reitoria da instituição, "até o presente momento, de acordo com a legislação em vigor, o Kaká continua sendo presidente do DCE até que haja deliberação em sentido contrário". Josaphá afirma, ainda, que a instituição vai responder aos ofícios que foram encaminhados de acordo com a legislação.

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