Policiais da Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap) cumpriram nesta quarta-feira (11/8), vários mandados de busca e apreensão no prédio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab). Os policiais recolheram computadores e cerca de mil processos relativos à distribuição de lotes no Distrito Federal.
Entre o acusados, estariam servidores da própria Codhab. Eles são suspeitos de participar de um esquema de venda de lotes, inexistentes, que lesou mil pessoas do Distrito Federal. Elas pagaram entre R$ 3 e R$ 18 mil por um lote nas cidades de Santa Maria, Recanto das Emas e Ceilândia.
Os mandados foram pela 3; Vara Criminal de Brasília e cumpridos, pela manhã, na sobreloja, primeiro e quinto andares por 50 agentes de polícia. A polícia admite que o desdobramento da operação pode culminar em prisão. Mas, por enquanto, ainda não pode ser divulgado a lista dos suspeitos.
Os "lotes" foram negociados com cooperativas habitacionais. Pela lei, elas têm direito a receber 40% dos terrenos destinados ao programa de habitação do governo local.
A oferta do golpe era divulgada no boca-a-boca. O esquema teria surgido em 2007, na gestão do Paulo Roriz, então secretário de Habitação do Distrito Federal. Os policiais calculam que o lucro obtido com a fraude tenha chega a R$ 10 milhões. A investigação é acompanhada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público (Prodep) do Ministério Público.