postado em 11/08/2010 18:24
O delegado-chefe da 35; Delegacia de Polícia (Sobradinho), Wellerson Gontijo Vasconcelos, ouviu, na tarde desta quarta-feira (11/8) o depoimento do irmão do garoto de 11 anos, baleado por um policial militar na noite de domingo (8) na quadra 12 da Fercal. O garoto de 18 anos confimou o depoimento anterior. "Ele disse que correu ao ouvir o disparo", explica o delegado. De acordo com o delegado, a declaração do garoto confirma que o disparo efetuado pelo policial ocorreu antes dos garotos começarem a correr.
Além desse depoimento, o delegado pretende ouvir as explicações dos outros dois jovens que presenciaram o fato. Um deles, de 20 anos, estava na delegacia para prestar depoimento. O outro jovem, de 19 anos, está sendo procurado para esclarecimentos.
O delegado Wellerson informou que após os depoimentos dos jovens e a divulgação do laudo de local, do Instituto de Criminalística, os policiais envolvidos devem ser chamados para depor.
Relembre o caso
;;Parados! Aqui é a polícia;. Com medo, meu sobrinho e os colegas correram. Foi quando o policial sacou a arma e atirou nas costas dele. É o que me contaram.; O relato é de uma mulher de 40 anos, moradora da Fercal, em Sobradinho. O fato ocorreu na noite de domingo. Passava das 22h e Ricardo*, 11 anos, ainda estava na rua. Ele conversava com três amigos perto de um posto de iluminação, na Quadra 12, em um setor chamado Boca do Lobo. Fazia frio, por isso o grupo estava unido em volta de uma fogueira. De repente, eles foram surpreendidos por uma patrulha da Polícia Militar. Um dos policiais, já fora do carro, ordenou que eles permanecessem parados. Assustados, Ricardo e os colegas correram.
Eles só pararam de correr quando escutaram o estampido de um tiro. Olharam para trás e viram Ricardo caído. O menor foi atingido nas costas por um projétil de pistola calibre .40.
A versão que o policial apresentou à Polícia Civil e ao comando do batalhão é a de que a arma teria disparado após ele ter escorregado devido ao terreno acidentado da localidade, que ainda é íngreme. Mas a explicação do militar não coincide com a de uma testemunha, que afirma ter visto apenas ;um PM abaixado;.