Cidades

Saúde domina o início do debate entre candidatos ao GDF

postado em 12/08/2010 22:02

Roriz (E) e Agnelo: confronto direto nas perguntas sobre saúdeNum segundo momento do debate entre os canditos ao GDF, que teve início com questões propostas pela mediação, os candidatos fizeram perguntas uns para os outros. O candidato do PT, Agnelo Queiroz, perguntou sobre as ações programadas por Roriz para a saúde. O candito do PSC revelou planejar uma "Cidade da Saúde", que reuniria todas as demandas da população. Já o petista prometeu acumular o cargo de secretário da Saúde.


Agnelo atacou Roriz, atribuindo parte do caos na saúde ao ex-governador. "Já ficou 16 anos no governo e acabou com o programa de saúde em casa", afirmou. Já o candidato do PSC falou de ações do PT quando governava: "Alugaram casas de companheiros com preços exorbitantes".

O petista ainda lembrou medidas administrativas de Roriz, à época em que era governador, que teríam prejudicado o setor. "Você centralizou as compras da saude para o governo, com pessoas que não entendem nada."

Na pergunta de Toninho do PSol para Eduardo Brandão, o assunto foi o PDOT e a participação do Partido Verde no governo Arruda, alvo de ação da Polícia Federal contra a corrupção. O nome do PV afirmou que seu partido, quando convidado, participa das coligações, em vez de ficar de fora criticando.

Brandão, que foi secretário-adjunto do governo Arruda, ainda declarou que vai revisar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). "O projeto inicial, técnico, era bom, apenas com algumas ressalvas. Mas as emendas parlamentares desvirtuaram tudo", declarou.

Com Roriz perguntando para o Toninho do PSol, a saúde voltou ao debate. Toninho afirmou que o setor será reaparelhado, inclusive com novos concursos. O candidato do PSC criticou o inchaço da folha salarial que a medida traria. O nome do PSol afirmou que os recursos existem, mas não são bem utilizados.

"O TCU encontrou R$ 283 milhões da saúde depositados em uma conta do BRB, enquanto funcionários de um centro precisaram fazer rifa para comprar um aparelho de medir pressão", lamentou Toninho.

Já Eduardo Brandão criticouo anúncio de Agnelo, que disse que será secretário da Saúde. "Onde vai arrumar tempo para tudo isso? E como ficará a educação?", perguntou Brandão. Agnelo defendeu a mudança na educação começando pela creche, passando pelo ensino técnico e chegando à criação de um centro de referência na formação de educadores.

Início

Quatro postulantes ao Palácio do Buriti participam, na noite desta quinta-feira (12/8), do primeiro debate entre os candidatos ao governo do DF. Agnelo Queiroz (PSC), Joaquim Roriz (PT), Toninho (PSol) e Eduardo Brandão (PV) respondem a perguntas de jornalistas e dos oponentes.

A primeira pergunta dirigida aos pretendentes ao Palácio do Buriti foi:"Por que você quer ser governador do DF e por que acha que deve ser eleito?"

Agnelo Queiroz respondeu que o DF passa por uma crise profunda, administrativa, política e moral, devido ao modelo patrimonialista adotado há mais de 14 anos. "Estamos fazendo uma grande aliança, para resgatar a ética, resgatar os serviços público de saúde e segurança", disse o petista.

Toninho do PSol respondeu que é candidato para que o povo do DF possa resgatar a ética e a transparência na política. "Eu não creio, como disse Agnelo, que não existam setores e segmentos no DF isentos do que hoje ocorre aqui. A própria coligação representada por ele e a do Roriz têm entre seus concorrentes pessoas que participaram do mensalão e da Caixa de Pandora. Isso não pode continuar no DF. O PSol é a alternativa ética, de honestidade e seriedade, para governar os recursos que vêm da população."

Eduardo Brandão (PV) disse que "Brasília saiu das páginas de Cidades para entrar nas páginas policiais". Disse que oferece uma alternativa às mazelas que surgiram, para Brasília voltar a ser um exemplo, "um lugar decente para se viver".

Último a responder, Roriz discursou: "Governar é definir prioridades e depois ouvir o povo, mas nada de inventar". Governador do DF por quatro vezes, o candidato disse que o povo está exigindo a sua volta. "Não é a minha vontade apenas, é a vontade do povo, que é maioria. Se eu amo a cidade, gosto do povo, tenho que obedecer", justificou.

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