Cidades

Candidato socialista promete acabar com Batalhão de Choque da PM

postado em 12/08/2010 22:13

No segundo bloco do debate entre os candidatos ao GDF, os postulantes ao Palácio do Buriti fizeram perguntas entre si. A ordem foi definida previamente por sorteio. A proposta mais polêmica foi defendida pelo candidato do PSol, que prometeu acabar com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

O primeiro a perguntar foi o candidato do PV. Eduardo Brandão questionou a Joaquim Roriz se ele poderia explicar à população de Brasília sua renúncia ao cargo de senador da República. Roriz respondeu que se tratou de uma decisão pessoal. "Entendi que eu sou um homem do executivo, e não um parlamentar, de provocação. Se for crime um homem ter vontade de renunciar, eu sou um criminoso", disse o ex-governador. Ela destacou que renunciou também ao foro privilegiado.

Na réplica, Brandão falou que Roriz renunciou para não ser cassado. "A minha preocupação é com a instabilidade jurídica da sua candidatura. O senhor fala que é vontade popular, mas sua vontade pessoal parece estar acima das leis", criticou.

Na tréplica, Roriz disse ao candidato do PV que não se preocupasse, pois o futuro só a Deus pertence. "O que eu posso garantir é que sou candidato. Se vou ser governador, só Deus sabe".

Segurança Pública
Segundo a perguntar, Agnelo Queiroz questionou Toninho do PSol qual a proposta dele para resolver a questão da segurança pública. Toninho concordou com o petista sobre a situação caótica de aumento vertiginoso da criminalidade. "Defendo como medida colocar nas ruas o policiamento comunitário, integrado às ações da Polícia Civil e da Militar. Acabar com esse Batalhão de Choque da PM e, se necessário, novos concursos para as polícias".

Agnelo disse, durante réplica, que vai mudar política que "tira os policiais das ruas e prende em postinhos". Disse também que pretende usar tecnologia para implantar postos móveis em áreas previamente definidas. "Vamos contratar quatro mil policiais. Mil a cada ano". Na tréplica, Toninho falou em convergência das propostas dos socialista e petistas, mas destacou que agregaria a necessidade da mudança de mentalidade para que a Polícia Militar e Civil respeite o cidadão.

Meio ambiente

A segunda pergunta do bloco partiu de Roriz para Eduardo Brandão. "Como você pretende tratar a questão ambiental?", questionou. O candidato do PV respondeu que a questão ambiental no DF é preocupante. "AS sete bacias hídricas do DF estão assoreadas. A ocupação desordenada acabou com as matas ciliares. Não temos coleta seletiva e um lixão há poucos quilômetros do Congresso Nacional". Ele prometeu criar intervençoes para que as pessoas possam viver harmoniosamente com 70 parques existentes na capital federal.

"Não vou dizer o que vou fazer, vou dizer o que eu já fiz", disse Roriz em réplica. Ele citou a criação da primeira Secretaria de Meio Ambiente do Brasil, além da primeira Delegacial de Meio Ambiente e 40 parques. Disse ainda que despoluiu o Lago Paranoá e criou o reservatório de Corumbá IV.

Eduardo Brandão disse, em tréplica, que a visão do PV é completamente diferente do que Roriz citava e criticou:"A goteira de Corumbá IV para brasília é inviável. Fala-se até em pegar água do Paranoá".

Corrupção
Na terceira pergunta, Toninho questionou Agnelo em relação aos candidatos que fazem parte da sua coligação, a exemplo do seu vice Tadeu Filippelli (PMBD), que segundo o candidato do Psol, seriam nomes citados na operação Caixa de Pandora. "Nós construimos uma aliança vitoriosa para todo o Brasil. Não podemos apenas marcar posição, dizer que é do contra. Eu vou dirigir essa aliança e não tenho compromisso com o erro de ninguém", respondeu o petista.

Em sua réplica, Toninho considerou dificil a missão de Agnelo, caso eleito. "Eu acho difícil essa sua missão Agnelo, pois esses personagens não vão permitir que se faça um governo sério. Eles têm práticas políticas viciadas e estão a décadas no GDF, cada hora apoiando um candidato", questionou.

Na tréplica, Agnelo ponderou que ninguém governa sozinho em nenhum lugar do Brasil. "Não posso recuar a um partido que fez uma aliança um dia. Eu asseguro que nós vamos mudar radicalmente a política do DF e vamos resgatar o orgulho da população do DF", afirmou.

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