No terceiro bloco do debate entre os candidatos ao GDF, os jornalistas que fizeram a pergunta e ainda escolheram quem comentaria o assunto. Cláudio Humberto perguntou a Joaquim Roriz sobre a política de distribuição de lotes do político em governos passados.
Roriz defendeu a necessidade de arrumar lugar para as pessoas que buscavam trabalho em Brasília. Toninho, escolhido para comentar, culpou Roriz pelo caos que a cidade viveria hoje. Na réplica, Roriz afirmou que o candidato do PSol não se preocupava com os pobres.
"A maioria de nós não nasceu em Brasília. O cidadão veio buscar melhorias e se não tem dinheiro para comprar pão, como vai adquirir lotes? Se eu voltasse atrás faria a mesma coisa", declarou Roriz.
"Eu sempre achei um equívoco da política do Roriz. O senhor foi o responsável pela ampliação da miséria, não resolveu o problema do povo que está faminto", rebateu Toninho. Roriz ironizou: eu vejo que o senhor é um homem que não gosta do pobre, eu gosto do pobre".
Em pergunta para Toninho, o jornalista André Giusti falou de corrupção e o quê o candidato faria se precisasse pagar propina para governar. "Quem pedir isso será punido com o rigor da lei. Não faremos um governo de demagogia que vira as costas ao social", completou.
Roriz, chamado para comentar, falou da responsabilidade do mandante do executivo. "O exemplo vem do governador, que tem que dar o exemplo, que é uma referência", defendeu. Na tréplica de Toninho, o candidato do PSol foi para o ataque aberto ao Roriz.
"O candidato não é um bom exemplo, que foi impuganado pela justiça do nosso país. E creio que se houver justiça, o senhor não poderá ser candidato. O que o senhor fez foi grave, tanto na renúncia do Senado, quanto nos 39 processos que responde, por mal uso do dinheiro público, entre outras coisas. Espero, sinceramente, que você não seja candidato", afirmou.
Depois, Cláudio Humberto perguntou a Eduardo Brandão sobre o consumo de drogas no DF, que teria chegado a duas toneladas, quando se trata da cocaína. O candidato do Partido Verde prometeu uma política integrada. "Vamos criar uma secretaria de Combate às Drogas. Não temos uma política de drogas no DF", promete.
Agnelo, que comentou a pergunta, reconheceu a necessidade de uma política integrada, com uma guerra aos traficantes e a necessidade de se investir na educação contra o uso dos entorpecentes.
Transporte público
Lara Rezende perguntou ao candidato do PT, Agnelo Queiroz, sobre a volta do uso das vans no transporte público. "O transporte precisa ter ordem, o transporte público é a nossa prioridade. Em nove anos teremos nove milhões de carros e o trânsito não vai suportar", adiantou. "Os transportes alternativos podem ser para ajudar, mas jamais da forma desorganizada como aconteceu", garantiu.
Já Joaquim Roriz defendeu o uso das vans, que começou em seu governo. "Na época foi excelentíssimo, mas precisamos pensar em um transporte mais moderno", garatiu. Agnelo não gostou da resposta: "eu espero que o candidato Roriz tenha mudado de posição em relação às politicas públicas", rebateu.