Cidades

Após nove meses, envolvidos na Operação Caixa de Pandora podem ser punidos

postado em 17/08/2010 18:48
Nove meses após a deflagração da Operação Caixa de Pandora, que investiga esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal, a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, tem em mãos o inquérito final das investigações da Polícia Federal. Após análise dos laudos dos vídeos gravados pelo delator do esquema Durval Barbosa, dos 35 depoimentos prestados à PF e de documentos apreendidos nas casas e gabinetes de suspeitos, ela poderá então pedir a punição envolvidos.

[SAIBAMAIS]A PF concluiu nesta segunda-feira (16/8) a última parte do inquérito, com análise de material e documentos, mas não divulgou o teor do último laudo. Sem prazo para finalizar a análise, Raquel Dodge pode ainda pedir mais alguma investigação sobre o caso antes de entrar com ação penal contra pessoas que se beneficiaram e promoveram um dos maiores esquemas de corrupção do país.

A subprocuradora já ajuizou duas denúncias contra o governador cassado, José Roberto Arruda. Numa delas, o ex-governador e outras cinco pessoas são acusados de compra de testemunha, o jornalista Edson Sombra, motivação da prisão preventiva que manteve Arruda na prisão por dois meses entre fevereiro e abril. Ele também foi denunciado por falsificação de documento. A ação se refere aos recibos que atestariam recebimento de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa como doação para compra de panetones para pessoas carentes

Entenda a Operação
A operação Caixa de Pandora foi deflagrada em 27 de novembro de 2009 pela Polícia Federal para investigar a suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do Governo do Distrito Federal, à época chefiado pelo governador cassado José Roberto Arruda.

As investigações tiveram o apoio do secretário de Relações Institucionais do GDFl, Durval Barbosa, que aceitou colaborar em troca de uma punição mais branda em outro caso de corrupção, revelado pela Operação Megabyte, ainda na gestão de Joaquim Roriz. Barbosa gravou cerca de 23 vídeos, entre eles o de deputados distritais recebendo propina.

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