Cidades

Defesa protocola habeas corpus para Adriana Villela

Adriana Bernardes
postado em 18/08/2010 16:01
O advogado Rodrigo Otávio Barbosa de Alencastro protocolou agora, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, o pedido de habeas corpus de Adriana Villela, 46 anos. Ela está presa desde segunda-feira e é apontada pela Justiça como a principal suspeita do assassinato dos pais dela, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela, 73 anos e da advogada Maria Carvalho Mendes Villela, 69, além da empregada da família, Francisca do Nascimento da Silva, 58.

O crime ocorreu em 28 de agosto do ano passado no apartamento do casal, na 113 Sul. Desde ontem o Correio tenta contato com Alencastro mas, até o momento, ele não retornou as ligações. O pedido de liberdade de Adriana Villela será distribuído ainda hoje para uma das duas turmas criminais do TJ e pode ser julgado a qualquer momento.

Além de Adriana, nesta terça-feira (17) pela manhã, outras quatro pessoas foram presas acusadas de atrapalhar as investigações do triplo homicídio. Entre os detidos estão o policial da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) José Augusto Alves (ex-agente da 1; DP), 41 anos, e Guiomar Barbosa da Cunha, 71. Uma equipe de policiais viajou para Porto Alegre (RS), onde prendeu a paranormal Rosa Maria Jaques, 61 anos, e o marido dela, João Tocchetto, 49. O casal chegou nesta manhã a Brasília.

Suspeitos
A filha dos Villela é considerada a principal suspeita do crime. Ela é acusada de ter articulado com a paranormal Rosa Maria o que seria a fraude da suposta chave do apartamento dos Villela que incriminou três moradores de Vicente Pires ; Alex Peterson Soares, Rami Jalau Ali Kalout e Cláudio José de Azevedo Brandão. O fato ocorreu quando o caso ainda estava com a então delegada-chefe da 1; DP (Asa Sul), Martha Vargas.

Ao assumirem as investigações, os policiais da Corvida descobriram que, na verdade, a mesma chave apreendida no apartamento dos acusados foi fotografada nas dependências do apartamento das vítimas e que ;misteriosamente; não foi coletada na apreensão. O encarregado de fazer isso seria o policial Augusto Alves.

Há indícios de que o filho da faxineira Guiomar ; José Ailton Barbosa da Cunha ; teria indicado o nome de Cláudio para Adriana e Rosa Maria. Guiomar ainda é apontada como autora de artifícios para embaraçar as investigações.

A situação de Adriana se complicou quando os agentes apreenderam duas cartas, no escritório dos Villela, em 27 de outubro do ano passado. O teor delas revela, segundo a polícia, conflito entre Adriana e sua mãe por motivos financeiros.

Memória
O assassinato do ex-ministro José Guilherme Villela, 73 anos, de sua mulher, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, 58, ocorreu em 28 de agosto de 2009 e continua sem solução. Foram recolhidas diversas evidências, entre elas impressões digitais, vestígios de sangue e até mesmo uma faca que teria sido usada para matar os três ; no total, eles levaram 73 facadas.

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