Cidades

Justiça concede liberdade a policial acusado de obstruir investigações

Adriana Bernardes
postado em 19/08/2010 19:51

Preso desde a última terça-feira (17/8), o policial da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) José Augusto Alves, 41 anos, conseguiu a liberdade provisória. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) julgou procedente o pedido de habeas corpus, protocolado na tarde desta quinta-feira (19/8) pela defesa do acusado de obstruir as investigações do triplo homicídio na 113 Sul, no qual morreram o advogado José Guilherme Villela, 73, sua mulher, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e a do casal, Francisca Nascimento da Silva, 58.

[SAIBAMAIS]José Augusto é ex-agente da 1; DP (Asa Sul), delegacia responsável pelo crime nos primeiros meses de investigação. Além dele, acabaram detidos pelo mesmo motivo a filha do casal, Adriana Villela, a ex-faxineira Guiomar Barbosa da Cunha, 71, a paranormal Rosa Maria Jaques, 61, e o marido dela, João Tocchetto, 49.

Os quatro tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz substituto de direito Fábio Francisco Esteves. O magistrado acatou o pedido do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), após reivindicação da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida).

Acusação
Adriana Villela, filha do casal assassinado a facadas, é acusada de tramar com a vidente Rosa Maria a fraude da suposta chave do apartamento dos Villela que incriminou três moradores de Vicente Pires, Alex Peterson Soares, 23 anos, e Rami Jalau Kaloult, 28,e Cláudio Cláudio José de Azevedo Brandão, 38. Em novembro do ano passado, a delegada Martha Vargas, então chefe da 1; DP, anunciou ter encontrado a chave no lote onde o trio morava, a prisão deles e a solução do triplo homicídio.

No entanto, ao assumirem as investigações, os policiais da Corvida descobriram que, na verdade, a mesma chave apreendida no imóvel dos acusados havia sido fotografada pela perícia nas dependências do apartamento das vítimas no dia em que os corpos foram encontrados. No inquérito, José Augusto é apontado como suspeito de plantar a prova no lote dos três rapazes.

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