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Expansão luxuosa ao sul do Distrito Federal

Área em torno da DF-140, a cerca de 20 quilômetros da Ponte JK, transformou-se na menina dos olhos de grandes construtoras, que erguem dois condomínios no local. Um terreno que custava R$ 45 mil em 2003 hoje não sai por menos de R$ 360 mil

Helena Mader
postado em 22/08/2010 08:39
Área em torno da DF-140, a cerca de 20 quilômetros da Ponte JK, transformou-se na menina dos olhos de grandes construtoras, que erguem dois condomínios no local. Um terreno que custava R$ 45 mil em 2003 hoje não sai por menos de R$ 360 milCachoeiras, extensos espaços verdes, fazendas, criações de gado. Esse cenário que caracterizava a região sul do Distrito Federal começou a mudar. A área em torno da rodovia DF-140 ; a cerca de 20 quilômetros da Ponte JK ; se transformou no novo eixo de crescimento urbano da capital federal. No local, dois grandes condomínios de luxo já estão em construção e outros empreendimentos devem sair da prancheta em curto prazo. Postos de gasolina e até shoppings estão nos planos de empresários interessados em investir na região. O governo prevê que, dentro de um prazo de 30 anos, a área de 13 mil hectares terá cerca de 500 mil moradores. Hoje, pouco mais de 4 mil pessoas vivem nas cercanias da DF-140.

Área em torno da DF-140, a cerca de 20 quilômetros da Ponte JK, transformou-se na menina dos olhos de grandes construtoras, que erguem dois condomínios no local. Um terreno que custava R$ 45 mil em 2003 hoje não sai por menos de R$ 360 milOs terrenos da região sofreram uma valorização que impressiona até os especialistas. Em 2003, um lote no Condomínio Reserva Santa Mônica, um dos maiores da área, custava R$ 45 mil. Hoje, o mesmo terreno não sai por menos de R$ 360 mil: um aumento de 700% em apenas sete anos. Como a região não perdeu totalmente as características rurais, o clima bucólico é mais um diferencial que agrega ainda mais valor aos imóveis. Bem próximo dos novos parcelamentos está a cachoeira do Tororó, uma das mais conhecidas da cidade. O horizonte livre, coberto de matas, e o relevo de vales atraíram investidores e brasilienses interessados em um novo conceito de moradia.

Quando conheceu a região, a aposentada Mabir Santos, 63 anos, se assustou com a distância. Mas como a área ainda é pouco movimentada, o acesso é rápido. Em menos de meia hora, é possível transitar entre o centro de Brasília e a DF-140. Mas o que mais atraiu a aposentada foi a amplitude das áreas verdes. ;Há um ano, comprei um lote de quase mil metros quadrados no Condomínio Reserva Santa Mônica por R$ 275 mil. Com esse dinheiro, eu só conseguiria comprar uma quitinete no Plano Piloto. Aqui, tenho muito espaço, além de segurança e áreas de lazer. Foi uma escolha que eu fiz e que muitas pessoas estão fazendo;, conta Mabir.

100% vendidos
Área em torno da DF-140, a cerca de 20 quilômetros da Ponte JK, transformou-se na menina dos olhos de grandes construtoras, que erguem dois condomínios no local. Um terreno que custava R$ 45 mil em 2003 hoje não sai por menos de R$ 360 milAlém do Reserva Santa Mônica, outro grande empreendimento que se instalou na região foi o Alphaville. A empresa paulista, cuja marca é conhecida como sinônimo de terrenos luxuosos e espaçosos, decidiu investir em Brasília e escolheu a região sul do Distrito Federal. As vendas de imóveis começaram em julho e 100% dos 600 terrenos já foram comercializados. O grande interesse dos brasilienses mostra que a demanda por terrenos amplos e com infraestrutura, mesmo em regiões distantes do Plano Piloto, está em alta.

O acesso ao Condomínio Alphaville fica às margens da rodovia DF-140, mas os lotes estão localizados fora do território do Distrito Federal. Geograficamente, o parcelamento faz parte do bairro Jardim ABC, no município goiano. Mas, futuramente, com a consolidação da região, a tendência é que os dois territórios se integrem a tal ponto que ficará difícil estabelecer onde termina o DF e onde começa o estado de Goiás.

O diretor Comercial da Alphaville Urbanismo, Fábio Valle, conta que a empresa decidiu investir na região da DF-140 porque a área faz parte da estratégia de crescimento urbano da capital federal. ;Apesar de estarmos a 28 quilômetros da Ponte JK, o acesso é bem mais rápido do que o de outras áreas do Distrito Federal. A rodovia é excelente e o trânsito flui com rapidez;, diz Fábio. ;Além disso, a topografia e a vegetação também são grandes diferenciais. Mais de 90% dos nossos compradores declararam ter interesse em morar na região;, acrescenta o diretor comercial da empresa.

No Condomínio Alphaville, a valorização rápida dos lotes chama a atenção. No início de julho, quando o empreendimento foi lançado, o terreno de 600m; custava R$ 300 mil. Todas as unidades foram vendidas pela empresa e os imóveis em negociação atualmente já custam R$ 380 mil ; um aumento de 26% em pouco mais de um mês.

Infraestrutura
O que chama a atenção no caso do Alphaville é que as obras de infraestrutura só ficarão prontas em dois anos. Até lá, os compradores não poderão construir nada na área. ;Já estamos fazendo a terraplanagem e a infraestrutura será concluída o mais rápido possível. Quando isso acontecer, a valorização será ainda maior;, explica Fábio Valle. Além dos terrenos residenciais, o empreendimento terá ainda 32 mil metros quadrados de áreas comerciais, para que os moradores tenham acesso a serviços e produtos sem a necessidade de fazer grandes deslocamentos.

Já no caso do Condomínio Reserva Santa Mônica, a infraestrutura já está completa e 20 casas estão em construção. O parcelamento é um projeto da empresa JC Gontijo, que colocou à venda 850 terrenos no local. Desses, apenas 165 ainda estão disponíveis. Em 2003, quando a empreiteira negociou os primeiros lotes, antes das obras de infraestrutura, cada imóvel saía por R$ 45 mil. Hoje, depois do lançamento oficial e da construção do asfalto, da portaria, quadras poliesportivas e até mesmo de piscinas de uso coletivo, o preço subiu 700%.

O diretor da JC Gontijo, Rodrigo Nogueira, explica por que a empresa escolheu investir na região. ;Essa é a última área nobre disponível dentro do Distrito Federal. O interessante é que o crescimento será organizado e planejado, com a realização das obras de infraestrutura necessárias. Mantivemos 50% da área preservada com matas e, além disso, cada terreno só pode ter 60% de sua área edificada. Dessa forma, os benefícios do contato com a natureza nunca serão perdidos;, afirma Rodrigo Nogueira.

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